Panamá diz que voos operam normalmente após bloqueio de avião para Venezuela


Nesta sexta-feira, autoridades da Venezuela e do Panamá disseram que os voos entre os países foram retomados depois de o Panamá acusar a Venezuela de bloquear um avião que transportava ex-presidentes de ao menos quatro países que iriam a Caracas para observar as eleições de domingo (28).

O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, disse nas redes sociais que o avião não tinha permissão para decolar enquanto os ex-presidentes estivessem a bordo.

Um dos passageiros, o ex-presidente mexicano Vicente Fox, compartilhou um vídeo do Aeroporto de Tocumen, no Panamá, no qual ele disse: “(O presidente da Venezuela) Nicolás Maduro fez com que todos os voos da Copa com destino a Caracas e à Venezuela fossem suspensos”.

Mais tarde, o ministro das Relações Exteriores do Panamá, Javier Martínez-Acha, disse que os voos haviam sido retomados.

“O governo venezuelano bloqueou o espaço aéreo de seu país para a Copa Airlines por várias horas”, disse ele.

Entre os passageiros do avião, além de Fox, estavam Mireya Moscoso, do Panamá, Miguel Ángel Rodríguez, da Costa Rica, e Jorge Quiroga, da Bolívia. Eles disseram em uma coletiva de imprensa que gostariam de estar na Venezuela, mas não especificaram se ainda tentariam viajar para lá.

A autoridade aérea estatal da Venezuela e o ministro dos Transportes do país disseram que a afirmação anterior de Mulino era falsa e publicaram fotos da Copa Airlines operando no espaço aéreo venezuelano a partir do site de rastreamento de voos FlightRadar.

Na semana passada, a Venezuela emitiu um decreto fechando movimentos de fronteira por terra, ar e mar, a partir da meia-noite de sexta-feira. O governo disse que a medida foi tomada para manter a segurança e proteger a eleição presidencial no domingo, na qual Maduro busca um terceiro mandato.

Autoridades norte-americanas disseram a repórteres que Washington acha preocupante que Maduro tenha tomado atitudes para restringir o monitoramento eleitoral internacional. Os EUA pediram que ele reconsiderasse a decisão de impedir que ex-presidentes regionais viajassem para observar as eleições.

Maduro afirmou que a Venezuela detém o sistema eleitoral mais transparente do mundo.



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