A Polícia Federal estuda enviar policiais de fora de São Paulo para ajudar na investigação sobre a execução do empresário Antônio Vinicius Gritzbach.
Ele foi assassinado no Aeroporto Internacional de Guarulhos no fim da tarde da última sexta-feira (8) e estava em processo de delação premiada com o Ministério Público do estado.
Segundo integrantes da PF, será uma decisão conjunta da PF de São Paulo com a Direção, em Brasília, se haverá envio de nova equipe ou não. A estratégia é usada para proteção dos policiais que trabalham na cidade, mas também é uma doutrina institucional em casos dessa natureza.
A decisão deve ser tomada nos próximos dias, segundo os integrantes.
O método foi usado na primeira fase do caso Marielle Franco, quando a vereadora do Rio de Janeiro pelo PSOL foi assassinada, em março de 2018.
O atual superintendente da PF no Rio de Janeiro, Leandro Almada, era delegado em outro estado e foi, junto a sua equipe, deslocado ao Rio para apurar o caso.
A PF abriu inquérito no sábado (9) para investigar o caso do empresário assassinado. Antes de ser morto, Gritzbach delatou policiais civis de SP. Por esse motivo, a PF quer usar a estratégia usada no caso Marielle, que também tinha suspeitas contra agentes de segurança envolvidos.
A chegada da PF no caso, porém, enfrentou resistência por parte da Polícia Civil de São Paulo, segundo apuração da CNN. Agora, porém, os investigadores de SP acreditam que ela se tornou importante, uma vez que a PF deve ajudar a mapear outros passageiros que estavam no voo com o empresário e quem teve contato com ele na viagem a Maceió.
A PF também deve auxiliar nas quebras de sigilos dos telefones apreendidos e dos investigados no caso, na força-tarefa montada com as forças de segurança de São Paulo.