Na manhã desta quarta-feira (4), uma ação conjunta entre Receita Federal e Polícia Federal deflagrou a ‘Operação Relutância’, para desarticular um grupo criminoso responsável por importar e distribuir ilegalmente grandes quantias de cigarros eletrônicos em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Pará.
Revenda ilegal de cigarros eletrônicos
Em Mato Grosso, os mandados foram cumpridos em cidades como Cuiabá e Várzea Grande. Ao todo, foram 33 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva, um de sequestro e bloqueio de bens avaliados em cerca de R$ 6,4 milhões, segundo a PF.
As ordens judiciais foram dadas pela Justiça Federal de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, onde duas pessoas foram presas em flagrante na manhã desta segunda-feira, por tráfico de drogas e porte ilegal de arma.
Confira abaixo a lista dos locais onde mandados foram cumpridos:
Mato Grosso
- Cuiabá (2 mandados)
- Várzea Grande (3 mandados)
- Rondonópolis (16)
- Sorriso (4)
Mato Grosso do Sul
Pará
- Redenção (2)
- Xinguara (1)
Goiás
Conforme a Polícia Federal, o grupo investigado se enriquecia ilegalmente com a revenda dos cigarros eletrônicos e produtos ligados a eles.
A importação desses produtos e qualquer tipo de distribuição são proibidos no Brasil, como lembra a Receita Federal.
Segundo as investigações, o esquema envolvia diversos veículos para transportar os cigarros por rodovias do Paraguai até Rondonópolis.
A cidade mato-grossense seria um local de armazenamento dos produtos e ponto de partida para a distribuição para outros estados e cidades brasileiros – onde eram revendidos.
Nas cidades onde as revendas eram feitas, os produtos eram oferecidos em lojas físicas e também de forma virtual, contando, inclusive, com a opção de entrega via delivery, por motoboys ou carros pequenos.
O grupo já era alvo da Polícia Federal há cerca de dois anos, período em que vários carregamentos de produtos contrabandeados pertencentes aos suspeitos foram interceptados por ações conjuntas entre PF, PRF (Polícia Rodoviária Federal) e Polícia Militar.
Os envolvidos no esquema responderão pelos crimes de contrabando, descaminho, receptação, falsidade ideológica, desobediência e associação criminosa.
Nome da operação
‘Relutância’ foi escolhido como nome da operação devido à insistência do grupo criminoso investigado em manter-se no esquema ilegal, mesmo já tendo sido alvo de várias ações criminais e de fiscalização.
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