A morte da rapper, poetisa e compositora Laysa Moraes Ferreira, de 30 anos, conhecida como MC La Brysa, encontrada no rio Cuiabá nesta quinta-feira (9), está sendo investigada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Informações preliminares apontam para a possível ligação do crime com uma facção criminosa.
Segundo o delegado Bruno Abreu, responsável pelo atendimento inicial, o corpo foi localizado amarrado a uma lata de concreto, com mãos, pés e abdômen presos.
“Nós descobrimos que se trata, de fato, de um homicídio. Agora, outra equipe vai assumir as investigações”, afirmou o delegado.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para perícia detalhada, incluindo o exame papiloscópico, que deve confirmar oficialmente a identidade da vítima por meio das impressões digitais.
O delegado Édison Pick, da DHPP, ficará responsável pela condução do inquérito, que busca esclarecer a motivação e as circunstâncias do crime.
Possível envolvimento com facção
Durante as investigações, surgiram fotos antigas de Laysa nas redes sociais, em que ela aparece fazendo gestos semelhantes aos utilizados por facções criminosas.
As imagens foram apagadas do Instagram após começarem a circular na internet.
De acordo com o delegado Bruno Abreu, a forma como o corpo foi encontrado — amarrado e com peso de concreto — é uma prática comum em crimes cometidos por facções. A polícia está apurando se há alguma relação direta entre a vítima e a atuação de grupos criminosos.
As investigações continuam, e a polícia busca identificar os responsáveis e esclarecer todos os detalhes do crime.
Quem era Mc La Brysa
Natural de Três Lagoas (MS), Laysa Moraes, a La Brysa, construiu uma sólida carreira ao longo de 12 anos dedicados às rimas e ao hip hop. Foi uma das pioneiras nas Cyphers femininas do estado e participou de importantes eventos, como o The Big Cypher of Campão e a Batalha do Conhecimento do MST.
La Brysa também acumulava vitórias em batalhas de rima, tendo conquistado títulos estaduais, como a Batalha Vai Ser Rimando, organizada pelo rapper Emicida. Além disso, era figura constante no topo do ranking das tradicionais batalhas de rap de Cuiabá, como a Batalha da Alencastro.
A Polícia Civil informou que as investigações continuam, com o objetivo de esclarecer as circunstâncias da morte de Laysa.
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