A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Rondonópolis, prendeu nesta sexta-feira (21), o quarto suspeito de envolvimento no assassinato do adolescente Carlos Henrique Rosa Rezende Costa, de 16 anos, ocorrido em janeiro deste ano.
O suspeito, que não teve a identidade revelada, foi detido durante cumprimento de mandado de busca em uma casa no bairro Distrito Industrial. No local, os policiais encontraram porções de maconha e pasta base de cocaína, resultando na autuação em flagrante por tráfico de drogas. Durante o interrogatório, o homem confessou ter participado do crime, revelando que estava na casa onde o adolescente foi torturado, além de ter acompanhado o comparsa Edson Prada de Moraes até a área de mata onde a vítima foi executada.
A confissão, somada aos demais elementos colhidos ao longo da investigação, levou à representação pela prisão preventiva do suspeito. “Com a confissão do suspeito e diante de outros elementos investigatórios, não há dúvidas de que ele teve efetiva participação na morte e ocultação do corpo do adolescente”, afirmou o delegado João Paulo Praisner, responsável pelas investigações.
O crime
Carlos Henrique desapareceu no dia 8 de janeiro, após sair de casa por volta das 15h30 informando à mãe que iria procurar emprego. Dois dias depois, o desaparecimento foi registrado na DHPP, que imediatamente iniciou as diligências.
As investigações apontaram que o jovem caiu em uma emboscada planejada pelo irmão de sua namorada, de 27 anos, que o levou até uma casa no bairro Dom Osório. Lá, Carlos foi torturado e morto com a participação de outros envolvidos.
No dia 17 de janeiro, a Polícia Civil concluiu o inquérito policial com o indiciamento de três pessoas pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e sequestro.

Motivação e desaparecimento do corpo
Segundo apuração da polícia, o crime teria sido motivado por ciúmes, já que Carlos Henrique teria se envolvido amorosamente com a ex-companheira de Edson Prada. O corpo da vítima ainda não foi localizado.
Um dos investigados relatou que Edson planejava levar o corpo até um local conhecido como “sumidouro”, na região de Itiquira. Apesar das buscas realizadas com apoio do Corpo de Bombeiros, os restos mortais do adolescente seguem desaparecidos.
Principal acusado segue foragido
Edson Prada de Moraes, principal investigado do caso, continua foragido. A Polícia Civil pede que qualquer informação sobre o paradeiro dele ou sobre a localização do corpo do adolescente seja repassada de forma anônima pelos telefones 197 (Polícia Civil) ou 190 (Polícia Militar).
A investigação continua e novas diligências estão em andamento para localizar Edson e trazer justiça à família da vítima.