Polícia prende suspeito e apura disputa entre fações após ataque em Paraty (RJ)

CNN Brasil


Na manhã desta quarta-feira (18), agentes da delegacia de Paraty (RJ) cumpriram mandados de busca e apreensão em Ubatuba, no litoral de São Paulo, contra suspeitos de participarem de um ataque a tiros, que provocou a morte de duas pessoas — entre elas um PM — e deixou um turista argentino ferido.

O tiroteio aconteceu no final de novembro, em um quiosque da Praia do Pontal, próximo ao Centro Histórico de Paraty.

De acordo com as investigações lideradas pelo delegado Marcelo Russo, da 167ª DP, a suspeita é de que os criminosos tenham se escondido no estado vizinho, a 73 quilômetros de distância de Paraty.

Durante as diligências autorizadas pela Justiça, um homem foi preso em flagrante. Com ele, os policiais apreenderam uma balança de precisão, drogas e vários celulares.

“Agora, vamos representar pela quebra do sigilo [dos aparelhos celulares] para robustecer as provas no inquérito policial”, explicou Dr. Marcelo Russo.

O crime e as vítimas

O ataque ocorreu na madrugada de 30 de novembro, em um quiosque da Praia do Pontal, em Paraty.

Homens armados abriram fogo no local, matando o policial militar Elieze Oliveira da Silva, de 38 anos, que morreu na hora, além de um homem acusado de envolvimento com o tráfico de drogas, que possuía 12 passagens pela polícia.

O turista argentino Guillermo Albarracín, de 35 anos, foi baleado na perna e levado ao hospital.

Segundo as investigações, os dois mortos eram alvos dos criminosos. Já o turista argentino, que estava no local, é considerado inocente e foi atingido por engano.

Imagens de circuito interno mostram o momento em que quatro criminosos armados com fuzis 556 chegam ao quiosque e disparam à queima-roupa. Foram quase 30 tiros. Desesperadas, as pessoas tentam fugir correndo ou se arrastando pelo chão para escapar dos disparos.

Os bandidos, vestidos com calça escura, coturnos e coletes à prova de bala, utilizaram um carro branco para executar o ataque. Outra câmera de segurança registrou o momento em que o grupo fugiu no veículo.

A Polícia Civil suspeita que o ataque tenha sido motivado por um acerto de contas entre facções criminosas rivais que atuam na região.

O caso segue sendo investigado pela 167ª Delegacia de Polícia (Paraty), que atua para apurar as conexões entre os envolvidos.



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