Logo após prenderem os suspeitos de assaltar uma agência bancária em Brasnorte (MT), policiais da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE) da Polícia Civil de Mato Grosso se reuniram em roda, com as mãos sobre os ombros uns dos outros, e fizeram uma oração de agradecimento pela missão cumprida.
A cena foi registrada em vídeo e publicada nas redes pelo delegado Frederico Murta. O grupo da CORE — que atua como tropa de elite da Polícia Civil — havia acabado de capturar seis pessoas envolvidas no assalto, que mobilizou um grande cerco policial e terminou em Vilhena, Rondônia.
“Não adianta se aventurar por aqui. Se bater de frente, volta deitado. Se correr, nós buscamos.
Não tem dia, não tem hora, não tem cansaço. Um pelo outro. Nós por nós.
Polícia Civil, vanguarda na investigação.
CORE/Mato Grosso, AD ULTIMA VERBUM!
Temor, somente a Deus!
Carcará, SEMPRE!”, diz a legenda do vídeo postado por Murta.
🚨 Assalto no estilo “novo cangaço” aterrorizou Brasnorte
O assalto ocorreu na tarde de quinta-feira (31), quando quatro criminosos armados invadiram uma agência do Sicredi, renderam funcionários e fizeram dois reféns. A quadrilha fugiu levando dinheiro do cofre — valor ainda não divulgado — e utilizou os reféns como escudo humano, uma tática comum no chamado “novo cangaço”.
Ambos os reféns foram libertados em segurança e sem ferimentos. A caminhonete usada na fuga foi encontrada horas depois, abandonada em área rural.
👮 Operação envolveu mais de 100 agentes
Com o apoio do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Força Tática, Ciopaer, GCCO e unidades da Polícia Militar, a Polícia Civil montou uma grande operação de cerco e bloqueio. As buscas se estenderam por rodovias e áreas de mata entre Brasnorte e Juína e, dois dias depois, os suspeitos foram encontrados e presos em Vilhena (RO).
Segundo as autoridades, quatro dos presos participaram diretamente do assalto e outros dois deram suporte logístico à ação criminosa.
🙏 Gesto de fé após a missão
O momento de oração protagonizado pelos policiais da CORE reforça o vínculo entre os agentes e a espiritualidade que muitos carregam diante do risco constante da profissão. O grupo, formado por especialistas em operações de alta complexidade, é treinado para atuar em situações extremas como confrontos armados, resgates e cumprimento de mandados de alto risco.
A frase em latim usada pelo grupo, “Ad Ultima Verbum”, significa “até a última palavra” — lema que simboliza a disposição da unidade em ir até o fim no combate ao crime.
O que é o “novo cangaço”
O “novo cangaço” é uma modalidade de assalto violento a bancos e instituições financeiras, comum em cidades pequenas do interior. Os criminosos costumam agir em grupo, com armas de grosso calibre, como fuzis, e utilizam táticas de guerra urbana: invadem o município, rendem funcionários e clientes, usam reféns como escudo humano e espalham terror com tiros e explosivos.
O objetivo é claro: agir rápido, intimidar a população e fugir antes da chegada do reforço policial. O nome faz referência ao cangaço original, do sertão nordestino, pelo estilo ousado, brutal e desafiador à autoridade.
Conselhos práticos: o que fazer em uma situação de ataque como essa
Em casos de ataques no estilo novo cangaço, como o que ocorreu em Brasnorte, a orientação das forças de segurança é clara:
- Mantenha a calma e não reaja — o uso de força pelos criminosos costuma ser extremo;
- Deite-se no chão ou abrigue-se em local seguro, fora do alcance visual;
- Evite usar o celular durante a ação — o som pode chamar atenção;
- Não fotografe nem filme os criminosos, principalmente se estiver próximo;
- Aguarde a saída dos suspeitos antes de tentar ajudar alguém;
- Se estiver em segurança, registre mentalmente informações úteis, como número de criminosos, tipo de veículo, direção da fuga;
- Acione a polícia o mais rápido possível assim que estiver em segurança;
- Após o ocorrido, colabore com as investigações, se for solicitado como testemunha.
Perguntas frequentes (FAQ)
Quantos criminosos participaram do assalto em Brasnorte?
Quatro criminosos armados participaram diretamente da ação dentro da agência. Outros dois prestaram apoio logístico.
Houve vítimas?
Dois funcionários foram feitos reféns durante a fuga, mas foram libertados sem ferimentos.
A quadrilha conseguiu levar dinheiro?
A polícia ainda não confirmou se houve subtração de valores. O cofre foi acessado, mas o valor levado não foi informado.
O que é a CORE?
A Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE) é a unidade de elite da Polícia Civil de Mato Grosso, responsável por ações táticas de alto risco, como capturas de criminosos perigosos, resgates e apoio em operações complexas.
Por que os policiais fizeram oração após a prisão?
A oração é uma tradição entre muitos grupos operacionais. É uma forma de agradecimento pela vida, pela missão cumprida e pelo retorno em segurança — uma prática comum entre unidades táticas no Brasil.
