por que o verão afeta a saúde e como se proteger


As altas temperaturas que atingem Mato Grosso do Sul e diversas partes do Brasil neste verão estão trazendo um desconforto comum para muitos: a sensação de moleza e mal-estar no calor. Entenda por que esse fenômeno ocorre e como se proteger durante os períodos de calor extremo.

Sol e calor em Campo Grande (Foto: Liniker Ribeiro)

De acordo com o cardiologista Jorge Koroishi, a sensação de mal-estar durante os dias mais quentes está diretamente ligada à forma como o corpo humano reage ao aumento da temperatura.

“Nos dias mais quentes, com o estresse que o corpo humano é submetido, perdemos mais líquido pela transpiração para controlar nossa temperatura corporal. Nos indivíduos com nível de hidratação inadequado, o calor pode ser gatilho para fadiga, palpitação e oscilações na pressão arterial”, explica o especialista.

Além disso, a desidratação causada pelo calor pode aumentar a viscosidade do sangue, elevando o risco de problemas graves, como trombose e AVC (acidente vascular cerebral).

Mal-estar no calor para grupos de risco

Embora o calor extremo seja perigoso para todas as pessoas, Koroishi alerta que determinados grupos devem ficar ainda mais atentos:

  • Idosos
  • Crianças
  • Hipertensos
  • Diabéticos
  • Gestantes

Esses grupos possuem menos mecanismos de compensação fisiológica e estão mais vulneráveis às consequências do calor.

“Precisam redobrar o cuidado, aumentar a hidratação e evitar a exposição ao sol”, reforça o médico.

Dicas para enfrentar o calor extremo

Para minimizar os efeitos das altas temperaturas, siga essas recomendações:

Embora o padrão de “beber dois litros de água por dia” seja amplamente divulgado, Koroishi destaca que a quantidade ideal varia de acordo com as atividades diárias e a perda de líquidos de cada pessoa.

  • Alimente-se de forma leve

Inclua frutas e legumes na dieta, que são ricos em água e ajudam a manter o corpo hidratado.

  • Escolha roupas frescas e evite exposição ao sol

Use tecidos leves e permaneça à sombra sempre que possível. Evite a exposição ao sol entre 10h e 16h, horário em que os raios UV são mais intensos.

Aplique filtro solar com fator de proteção adequado e reaplique ao longo do dia.

  • Evite exercícios físicos ao ar livre nos horários mais quentes

Prefira realizar atividades físicas pela manhã cedo ou ao final da tarde, quando a temperatura está mais amena.

Quando procurar ajuda médica?

Se mesmo seguindo essas dicas os sintomas de apatia, fadiga, palpitações ou outros sinais de mal-estar persistirem, procure um médico.

“Lembre-se: é importante que a segurança do seu corpo esteja em primeiro lugar. Se sintomas como apatia, fadiga e palpitação persistirem, consulte um médico”, orienta Koroishi.

Com atenção aos cuidados básicos, é possível minimizar os impactos das ondas de calor e aproveitar o verão de forma mais saudável e segura.

  1. Incêndios do Pantanal comprometeram a saúde da população, aponta estudo



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