A morte de Joel Kelson de Oliveira, de 42 anos, encontrado no porta-malas de uma viatura da Polícia Militar estacionada na Praça Alencastro, no Centro de Cuiabá, na manhã desta segunda-feira (7), trouxe à tona questionamentos sobre os protocolos de segurança das viaturas utilizadas em patrulhamentos fixos.
Segundo a Secretaria de Comunicação Social do Estado, o porta-malas estava destravado porque não possui sistema eletrônico de travamento e só pode ser trancado manualmente com o uso de chave.
Imagens das câmeras de monitoramento do programa Vigia Mais MT mostram que Joel entrou sozinho no compartimento no último sábado (4).
O veículo estava estacionado na praça, onde permanece de forma fixa durante o fim de semana, enquanto a equipe policial realiza o rodízio de patrulhamento na região.
Travas manuais no porta-malas
Diferente das portas laterais, segundo a Secretaria de Comunicação Social do Estado, o porta-malas da viatura precisa ser travado manualmente.
Durante os rodízios, ele costuma permanecer aberto, já que não há acesso interno ao compartimento, e ele é frequentemente usado para guardar equipamentos das equipes.
Sobre o homem encontrado
Joel Kelson de Oliveira, 42 anos, foi identificado pela polícia no final da tarde desta segunda-feira (6), após ter o corpo encontrado no interior da viatura.
De acordo com informações de registros policiais, o homem possuía passagem por violência doméstica, ameaça, dirigir embriagado, desobediência, desacato, resistência e embriaguez no serviço.
O que se sabe até agora?
O corpo foi localizado após relatos de mau cheiro vindo da viatura, que permanece de forma fixa na praça como ponto de apoio. De acordo com a Polícia Civil, o homem já estava morto há pelo menos três dias, em estado de decomposição, e não apresentava sinais aparentes de violência.
Com a divulgação das imagens, a principal hipótese agora é que o homem tenha entrado voluntariamente no veículo.
Ainda assim, a polícia aguarda o resultado do laudo pericial para determinar a causa exata da morte. Apesar de não haver sinais externos de violência, só a autópsia irá confirmar se a morte ocorreu por causas naturais ou se há indícios de outra situação que possa ter contribuído para o óbito.
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