prática inclusiva mostra que todos podem se exercitar

Medo, insegurança e baixa autoestima ainda afastam muita gente das academias e dos exercícios em grupo. Para quem convive com limitações físicas, sobrepeso ou condições de saúde específicas, o desafio é ainda maior. Mas, um treino adaptado pode ser transformador, pois envolve acolhimento e orientação correta.

O treinador João Vitor Carneiro de Sousa, de 29 anos, defende que o exercício físico precisa ser acessível para todos.

Com oito anos de experiência como praticante de Crossfit e seis como treinador, ele revela que a adaptação nos treinos, mais que uma realidade, é uma possibilidade. “Todo corpo pode se mover, se desafiar e se superar. O papel do treino adaptado é mostrar exatamente isso”, conta ele.

Treinar também é cuidar da mente

Segundo o treinador, nem sempre o maior obstáculo está no corpo. “Muitos alunos chegam com limitações físicas, mas é o medo que mais pesa. Eles acham que não vão conseguir, que não pertencem àquele espaço”, explica.

Nessas situações, o treino adaptado cumpre um papel essencial: reforçar a autoestima e promover pequenas vitórias que fazem diferença.

Segundo ele, as adaptações são feitas de forma individual, respeitando cada condição, seja para uma pessoa com lesão, com mobilidade reduzida, em tratamento de saúde ou mesmo se a pessoa for sedentária.

“Cada adaptação é uma ponte entre o ‘não consigo’ e o ‘consegui’. Por isso, o treino precisa se moldar à pessoa, e não o contrário. Quando isso acontece, o resultado vai muito além do físico. É isso que transforma vidas”, resume o treinador.

Dicas para começar com segurança

Para quem quer dar o primeiro passo com segurança, o treinador compartilha algumas orientações práticas:

• Buscar um local que ofereça acompanhamento profissional e ambiente acolhedor;
• Informar o treinador sobre limitações, dores ou condições médicas;
• Não se comparar com outros alunos: cada um tem um ritmo próprio;
• Celebrar as pequenas conquistas, como completar um exercício ou subir um degrau sem dor;
• Priorizar a constância, e não a intensidade imediata.