O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, enfrentou a sua primeira rebelião no Parlamento, nesta terça-feira (23), quando diversos parlamentares do seu próprio Partido Trabalhista votaram contra o governo por conta da sua recusa de abolir o limite de pagamento de benefícios sociais a apenas duas crianças por família.
A revolta é um sinal de que Starmer não terá tranquilidade apesar da vitória histórica dos trabalhistas na eleição no início deste mês.
Com maioria trabalhista no Parlamento, não havia possibilidade de derrota na votação, mas a oposição interna mostra que a esperança de Starmer de liderar um partido unido e disciplinado tem limites.
Sete parlamentares trabalhistas votaram a favor de uma moção demandando ao governo o fim imediato do limite de duas crianças por família, o que impede país de conseguirem benefícios sociais para mais do que duas crianças.
A imprensa local disse que sete parlamentares, incluindo o antigo porta-voz de Finanças da legenda John McDonnell, foram temporariamente suspensos do partido.
Nenhum voto foi registrado por outros 42 parlamentares trabalhistas, o que significa que outros podem ter optado pela abstenção.
Adversários do limite de duas crianças, criado pelos conservadores em 2017, dizem que a política coloca crianças em situação de pobreza.
O governo disse que não pode fazer promessas que não pode cumprir, repetindo que a situação fiscal herdada dos conservadores força o governo a tomar decisão difíceis.
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