A Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica na Grande São Paulo, foi multada no valor de R$ 13,3 milhões pelo Procon-SP pelos 2,1 milhões de clientes que ficaram sem luz em seus imóveis na tempestade de outubro deste ano.
A penalidade foi recebida pela empresa nesta segunda-feira (4), de acordo com a fundação de defesa do consumidor, e se junta a outras duas multas já aplicadas contra a concessionária nos últimos 12 meses — cada uma no valor de R$ 12,7 milhões. Somadas, são cerca de R$ 38,7 milhões em multas.
A multa de novembro do ano passado já teve sua tramitação de primeira fase encerrada e a Enel tem até o próximo dia 21 deste mês para pagar ou recorrer ao Judiciário, de acordo com o Procon-SP.
Nesse apagão, São Paulo ficou no escuro por 6 dias após as chuvas que abateram o estado.
Já a segunda autuação, sobre o apagão de março, ainda se encontra vigente. O apagão afetou principalmente a região central da capital paulista.
A CNN entrou em contato com a Enel, veja nota:
A Enel reforça o compromisso com os seus clientes e reitera que seguirá investindo para minimizar o impacto no serviço frente ao avanço dos eventos climáticos. O vendaval que atingiu a área de concessão da Enel Distribuição São Paulo em 11 de outubro, com rajadas de até 107,6 km/h, foi o mais forte registrado na Região Metropolitana nos últimos 30 anos, segundo a Defesa Civil, e causou danos severos na rede elétrica de distribuição. O número total de clientes afetados chegou a 3,1 milhões na noite de sexta-feira (11/10). Na mesma noite, com a atuação dos sistemas de automação e manobras remotas, a distribuidora restabeleceu a energia para quase 1 milhão de clientes. Até o fim da noite do dia 12.10 (sábado), o serviço foi normalizado para cerca de 80% dos consumidores. A companhia precisou reconstruir trechos inteiros da rede elétrica e restabeleceu a energia gradativamente para todos os clientes afetados em menos de 6 dias.