Quando o Ozempic fica mais barato? Rio usará princípio-ativo após queda de patente


A cidade do Rio de Janeiro pretende iniciar, em 2026, o tratamento de pacientes com diabetes e obesidade utilizando a semaglutida, princípio ativo do medicamento Ozempic.

A substância é produzida pela farmacêutica Novo Nordisk, que detém a patente do medicamento.

A quebra da patente do Ozempic, prevista para 2026, deve tornar o tratamento mais acessível à população.

Atualmente, o Ozempic é encontrado em farmácias por valores que variam de R$ 929 a R$ 1.063, dependendo da dosagem.

A disponibilização da versão genérica do medicamento tem o potencial de reduzir significativamente o preço, como aconteceu com o Viagra após a quebra de suas patentes.

O comprimido de referência do Viagra custava R$ 50, e hoje o genérico é comercializado a R$ 0,90

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, confirmou a promessa de campanha do prefeito reeleito Eduardo Paes (PSD).

“A expectativa é que a gente compre três mil doses já a partir de janeiro de 2026”, afirmou o secretário.

No ano passado, a farmacêutica Prati-Donaduzzi iniciou as pesquisas para a fabricação da versão genérica do Ozempic. A expectativa da empresa é que os estudos estejam finalizados assim que o genérico for permitido no Brasil.

Segundo comunicado divulgado à imprensa pela Prati-Donaduzzi, a matéria-prima do medicamento será importada da Ásia, enquanto o dispositivo para aplicação foi negociado na Europa.

Princípio-ativo

O Ozempic é um medicamento feito à base de semaglutida, componente análogo do hormônio GLP-1 que atua diretamente na secreção de insulina pelo pâncreas, ajudando a regular o nível de glicemia. Por isso, o remédio é indicada para o tratamento de diabetes tipo 2.

No entanto, seu uso tem se tornado popular também para o emagrecimento, já que molécula ajuda a retardar o esvaziamento gástrico, promovendo uma sensação de saciedade mais prolongada. Além disso, o análogo do GLP-1 também atua no sistema nervoso central, nas vias de regulação do apetite.

Tratamento público a partir de janeiro de 2026 no Rio

A compra do medicamento genérico será possível após a quebra da patente do Ozempic, prevista para 2026. A expectativa é que a prefeitura adquira 3 mil doses do medicamento, negociadas com quatro empresas fabricantes de semaglutida.

Soranz afirmou que a prefeitura busca ampliar o poder de compra por meio de negociações com outras cidades e com o Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é aumentar a capacidade de negociação com as empresas e reduzir os custos para o estado.

“A gente pode utilizar o poder de compra do Sistema Único de Saúde (SUS) para reduzir ainda mais o preço, aumentar o poder compra do estado e a nossa capacidade de negociação com as empresas que vão vender a semaglutida”, complementou.

O secretário destacou a importância do medicamento no combate à obesidade, uma das principais causas de perda de anos de vida na cidade.

O programa da prefeitura incluirá um tratamento completo com acompanhamento médico, que definirá os critérios para a utilização da semaglutida, e atividades físicas.

“Ozempic é uma medicação utilizada para obesidade e diabetes no mundo todo, Estados Unidos e Europa já utilizam em larga escala. Ele é super importante para combater a principal causa de perda de anos de vida que é a obesidade no Rio de Janeiro”, disse.

(Com informações de Gabriela Maraccini, Rachel Amorim e Marcos Guedes, da CNN)



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