Os trabalhos após a queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira no Rio Tocantins terão reforços da iniciativa privada. Uma operação especial coordenada por uma empresa especializada vai trabalhar na retirada dos produtos químicos da água.
Os materiais estavam em caminhões que caíram no rio com o desabamento da ponte. De acordo com a Ambipar, que fará a limpeza, o esforço desse trabalho vai se concentrar em evitar a contaminação do rio.
“Quando você tem um evento como esse, o primeiro passo é você resgatar as vítimas do local e aí, em seguida, a gente vai operar a parte do produto químico. Não se identificou nenhum tipo de grande vazamento dos produtos submersos”, explicou Dennys Spencer, head da área de emergência ambiental da Ambipar.
“A gente não consegue dimensionar o volume de vazamento dos produtos, porque precisa fazer inspeção nos equipamentos que estão no fundo do rio para poder quantificar. Não foi identificada nenhum tipo de contaminação. Não tem mortandade de peixes, e o monitoramento segue diário e ao longo de todo o leito do rio”, explicou.
Monitoramento
De acordo com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), não há indícios de que teve vazamento dos produtos químicos na água do rio. A probabilidade de que isso ocorra futuramente também é considerada muito baixa.
No entanto, se houver vazamento, a ANA afirma que o risco maior é para o meio ambiente. Segundo a agência, estudos preliminares mostraram que mesmo se todos os produtos fossem liberados na água de forma simultânea, a contaminação não ultrapassaria os limites recomendados pelo Ministério da Saúde e ainda estariam próprias para o consumo humano.
Vídeo: equipes mergulham no rio Tocantins em busca de desaparecidos
Porém, até que isso seja atestado na prática – por meio de estudos de amostras da água em caso de vazamento – o abastecimento de água para a população teria que ser suspenso.
Buscas
A Marinha e o corpo de Bombeiros dos estados realizam desde domingo buscas pelos desaparecidos que caíram no rio durante o desabamento da ponte. Até então, oito corpos já foram encontrados e nove seguem desaparecidos.
Na terça-feira (24), a Polícia Federal iniciou uma investigação para apurar as responsabilidades pela queda da ponte. As diligências são conduzidas pelas superintendências da PF no Maranhão e no Tocantins, com ajuda da perícia.
A única vítima resgatada com vida, até o momento, foi Jairo Silva Rodrigues, de 36 anos. Ele foi encontrado por populares com uma fratura na perna e levado ao Hospital Estreito, no Maranhão.
Nota da Ambipar
A Ambipar, líder global em soluções ambientais, informa que está colaborando com as autoridades no colapso da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, no Rio Tocantins. Desde que foi acionada, a unidade Ambipar Response, especializada em gerenciamento de crises e atendimento a emergências, enviou uma equipe de especialistas que está constantemente fazendo a coleta de amostras da água e do solo, com intuito de identificar possíveis contaminações. Além disso, a companhia está definindo junto às autoridades a melhor estratégia de retirada dos equipamentos e produtos, próxima etapa a ser iniciada após o fim das buscas.