Paulo Cupertino vai a júri nesta quinta-feira (10) em São Paulo. O homem é acusado de matar a tiros o ator de Chiquititas, Rafael Miguel, e os pais dele em 2019. Mas o que o assassino tem a ver com Mato Grosso do Sul?
O Primeira Página te responde: após matar Rafael e os pais do ator, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Silva Miguel, Paulo Cupertino usou Mato Grosso do Sul como rota de fuga e esconderijo. Segundo as investigações da Polícia Civil de São Paulo, o assassino ficou 8 meses escondido em um sítio em Eldorado (MS), onde vivia como “Seu Manoel”.
Com o nome falso de “Manoel Machado da Silva”, Cupertino viveu boa parte de 2020 em Mato Grosso do Sul. Na época, a investigação confirmou sua permanência no estado por meio de fotos e imagens de câmeras de segurança.
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Em Eldorado, Cupertino – ou Seu Manoel – usava barba grande e máscara, o que ajudava em seu disfarce. O acusado frequentava assiduamente uma barbearia, uma lotérica onde fazia apostas e até o posto de saúde da cidade.
Antes da estadia em Eldorado, o assassino conseguiu a emissão de uma falsa Certidão de Pessoa Física (CPF) ao apresentar documentos falsos na Receita Federal de Ponta Porã (MS) e até mesmo um cartão do Sistema Único de Saúde (SUS).
Júri em São Paulo
Segundo o Ministério Público (MP), o réu cometeu o crime por ciúmes, pois não aceitava o relacionamento do artista com sua filha, Isabela Tibcherani Matias. Na época, a estudante tinha 18 anos; atualmente tem 23 e deixou de usar o sobrenome do pai.
O julgamento de Cupertino e dois outros réus no caso começou às 12h desta quinta, na Zona Oeste de São Paulo. O júri vai durar dois dias. Ao todo, sete jurados votarão se o trio é culpado ou inocente. Mais de 20 testemunhas, entre acusação e defesa, foram convocadas para participar.
Os outros dois réus no processo são amigos de Cupertino. Eles são acusados pelo MP de favorecimento pessoal, pois, de acordo com a Promotoria, ajudaram Cupertino a fugir e se esconder após os assassinatos.
São eles: Eduardo José Machado, o “Eduardo da Pizzaria”, e Wanderley Antunes Ribeiro Senhora. Os dois respondem ao processo em liberdade.
