O estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta morreu nesta quarta-feira (20) após ser baleado por um policial militar dentro de um hotel na Vila Mariana, zona sul de São Paulo.
Apelidado como “Bilau”, ele tinha 22 anos e se apresentava nas redes sociais como mestre de cerimônia e compositor. O nome artístico que ele utilizava era MC Boy da VM.
O rapaz era estudante da universidade Anhembi Morumbi e jogava futebol pela atlética da instituição. Nas redes sociais, o time publicou uma homenagem ao jovem.
Nas redes sociais, Acosta publicava imagens de viagens internacionais e demonstrava seu apreço pelo funk. Em uma das postagens, publicou uma foto dele na Grécia com a legenda: “naquele modelo 100% brasileiro levando a bandeira do funk para todos os lados desse mundão.”
Pouco antes de morrer, “Bilau” postou nos stories do Instagram fotos dele ao lado de amigos. Mais cedo, escreveu: “Não quero ser melhor que ninguém, só melhor que ontem. Forte abraço da parte do MC Boy da VM.”
Morte em hotel
A situação que terminou na morte de Marco Aurélio Cardenas Acosta ocorreu dentro do hotel Flor da Vila Mariana, na rua Cubatão.
De acordo com o boletim de ocorrência, os policiais atenderam uma chamada no local e relataram que o estudante estava “bastante alterado, agressivo, e resistiu à abordagem policial”.
Um vídeo gravado por uma câmera de circuito interno do estabelecimento mostra o momento em que dois policiais abordam o rapaz, que resiste e tenta chutar um deles. Um dos agentes envolvidos na ocorrência diz que Acosta tentou pegar sua arma –momento em que o PM atirou contra ele.
Marco Aurélio foi socorrido ao Hospital Ipiranga, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo o BO, todos os policiais militares portavam câmeras corporais. O caso foi registrado como homicídio decorrente de intervenção policial. A pistola do policial foi apreendida e o local passou por perícia.
A Secretaria de Segurança Pública diz que o caso está sendo apurado e que os policiais que estiveram na ocorrência “prestaram depoimento, foram indiciados em inquérito e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações”.
* Sob supervisão. Com informações de Gabriela Milanezi, da CNN