Rebeldes tomam poder na Síria em meio a ataques contra Estado Islâmico

CNN Brasil


Forças rebeldes tomaram Damasco neste domingo (8) para derrubar o comando da família Assad, que está no poder na Síria há mais de 50 anos.

O líder deposto, Bashar al-Assad, está em Moscou e receberá asilo do governo russo, segundo a mídia do país.

A derrubada foi resultado de ações de diversos grupos, mas capitaneada pelo Hayat Tahrir Al-Sham (HTS).

A queda do regime sírio ocorre em meio a ataques dos Estados Unidos contra alvos do Estado Islâmico (ISIS), com o temor de que o grupo considerado terrorista tirasse vantagem da situação no país.

A Casa Branca acredita que partes significativas da HTS mantêm fortes laços com o Estado Islâmico, de acordo com um alto funcionário dos EUA.

A HTS foi designada como Organização Terrorista Estrangeira pelos Estados Unidos, pela Turquia, pelas Nações Unidas e por várias outras nações ocidentais.

Em pronunciamento neste domingo, Joe Biden pontuou que os EUA irão apoiar os sírios com a ajuda da Jordânia, Líbano, Israel e Iraque, “caso surja qualquer ameaça da Síria durante este período de transição”.

Biden também afirmou que os EUA irão se envolver com grupos sírios para estabelecer uma transição do regime de Assad  “para um novo governo independente e soberano”.

Apesar do sinal, o democrata destacou que os EUA “permanecerão vigilantes” com os grupos rebeldes que atuam no país.

“Tomamos nota das declarações dos líderes destes grupos rebeldes nos últimos dias, e eles estão dizendo as coisas certas agora, mas à medida que assumem maiores responsabilidades, avaliaremos não apenas as suas palavras, mas as suas ações”, disse Biden.

Em uma entrevista exclusiva à CNN, Jolani rebateu a designação duradoura de HTS como terrorista, chamando o rótulo de “principalmente político e, ao mesmo tempo, impreciso”, argumentando que algumas práticas islâmicas extremas “criaram uma divisão” entre HTS e grupos jihadistas.

Ele alegou que se opunha a algumas das táticas mais brutais usadas por outros grupos jihadistas, o que o levou a romper laços com eles. Jolani também comentou que nunca esteve pessoalmente envolvido em ataques contra civis.

O pesquisador de Harvard e professor da UFF, Vitelio Brustolin, em entrevista à CNN, esclareceu as principais diferenças entre o grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS) e o Estado Islâmico, alertando para as possíveis consequências de uma eventual união entre eles.

Segundo Brustolin, a distinção fundamental reside no escopo de atuação de cada organização.

Enquanto o Estado Islâmico possui uma visão global, tendo promovido atentados terroristas em diversos países, especialmente na Europa, o HTS mantém um foco regional, concentrando-se primariamente na derrubada do regime de Assad na Síria.

O especialista detalhou que o objetivo do HTS é estabelecer um governo baseado na sharia, a lei islâmica, após a queda de Assad.

Em contraste, o regime atual de Assad, apesar de suas graves violações de direitos humanos, é caracterizado como laico.

Saiba quem é o líder rebelde sírio e o grupo que derrubou Bashar al-Assad

*Com informações da CNN Internacional e Reuters



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