Rede de extorsão usava WhatsApp para coagir mais de 100 comerciantes

O pastor Ulisses Batista, conhecido como "Veio Ulisses", líder reliogioso de uma igreja, do Pedra 90, em Cuiabá. (Foto: Redes sociais)


A Polícia Civil desmantelou nesta quinta-feira (20) uma grande rede de extorsão liderada por Ulisses Batista, um falso pastor que operava no Bairro Pedra 90, em Cuiabá.

O esquema criminoso formado por mais de 100 membros, denominado “Projeto Água 20LT”, forçava comerciantes a comprar água mineral da facção, resultando em vendas de até 1,5 milhão de galões por mês.

O pastor Ulisses Batista, conhecido como “Veio Ulisses”, líder reliogioso de uma igreja, do Pedra 90, em Cuiabá. (Foto: Redes sociais)

Um ponto central da investigação foi o grupo de WhatsApp utilizado pela facção para monitorar e coagir as vítimas. Composto por mais de 100 pessoas, o grupo incluía faccionados e comerciantes que eram sistematicamente extorquidos.

A polícia identificou 11 vítimas dentro desse grupo, mas o número total de comerciantes afetados pode ser muito maior.

Inicialmente, os criminosos mantinham contato amigável com os comerciantes, mas logo a relação se transformava em ameaças diretas caso as ordens da facção não fossem cumpridas.

A organização criminosa exigia o pagamento de uma taxa de R$ 1 por galão vendido, arrecadando quantias milionárias que eram enviadas para a cúpula da facção no Rio de Janeiro.

  1. Grupo liderado por pastor faccionado lucrava R$ 1,5 milhão por mês em Cuiabá

  2. Pastor usava facção para extorquir comerciantes de MT e enviava lucros para o RJ, diz polícia

  3. Falso profeta: pastor ligado a facção criminosa é alvo de operação em Cuiabá e Várzea Grande

O esquema

A operação “Falso Profeta” revelou a extensão do esquema, com a polícia cumprindo 30 ordens judiciais, incluindo mandados de prisão, busca e apreensão.

coletiva falso profeta
Operação Falso Profeta mira em pastor ligado a facção criminosa que extorquia comerciantes em Cuiabá e Várzea Grande. (Foto: Nathalia Okde)

Ulisses Batista, o líder da facção, está foragido no Rio de Janeiro.

A operação cumpre 30 ordens judiciais, dentre eles: 7 mandados de prisão preventiva, 9 mandados de busca e apreensão; bloqueio de contas bancárias com valores que podem chegar a R$ 1,5 milhão; e sequestro de veículos e proibição de atuação econômica para empresas ligadas à facção.

As ações ocorrem simultaneamente em Cuiabá, Várzea Grande e no Rio de Janeiro, dentro da estratégia do Programa Tolerância Zero, do Governo do Estado.



Fonte do Texto

VEJA MAIS

Vídeo: Policial tenta atirar em funcionário, mas arma falha no Ceará

Um policial penal de 43 anos foi detido depois de tentar atirar contra um funcionário…

desembargador concede liberdade a estudante de medicina

A Justiça concedeu liberdade provisória ao estudante de medicina João Vitor Fonseca Vilela que atropelou…

Incêndio perto do aeroporto de Londres foi controlado, dizem bombeiros

O incêndio em uma subestação elétrica que causou quedas de energia generalizadas e forçou o…