O Rei Charles III, do Reino Unido, abordou as guerras no mundo na mensagem de Natal deste ano, transmitida nesta quarta-feira (25).
Essa é a terceira transmissão de TV de Natal de Charles desde que se tornou rei. O vídeo teve um tom muito mais pessoal do que o comum para as mensagens sazonais reais, que remontam a um discurso de rádio de George V em 1932.
“Neste dia de Natal, não podemos deixar de pensar naqueles para quem os efeitos devastadores do conflito no Oriente Médio, na Europa Central, na África e em outros lugares representam uma ameaça diária à vida e aos meios de subsistência de tantas pessoas”, disse ele.
“Também pensamos nas organizações humanitárias trabalhando incansavelmente para trazer alívio vital. Afinal, os Evangelhos falam tão vividamente de conflito e ensinam os valores com os quais podemos superá-lo”, adicionou.
Em outro trecho do vídeo, o monarca agradeceu aos médicos que cuidaram dele e de Kate Middleton. Ambos receberam diagnósticos de câncer neste ano.
“Todos nós passamos por algum tipo de sofrimento em algum momento da vida, seja ele mental ou físico”, afirmou Charles.
A declaração foi acompanhada por imagens da visita do rei a um centro de tratamento de câncer quando retornou às funções públicas em abril e de um dos primeiros compromissos de Kate desde que ela voltou ao trabalho.
“De um ponto de vista pessoal, agradeço de coração aos médicos e enfermeiros altruístas que este ano me apoiaram e a outros membros da minha família nas incertezas e ansiedades da doença, e ajudaram a fornecer a força, o cuidado e o conforto de que precisávamos”, comentou.
“Sou profundamente grato também a todos aqueles que nos ofereceram suas próprias palavras gentis de simpatia e encorajamento”, ressaltou.
Na semana passada, uma fonte do palácio disse que o tratamento do rei estava progredindo bem e continuaria no ano que vem.
O rei também falou incisivamente sobre os tumultos nacionais, que eclodiram após o assassinato de três meninas em um evento temático de Taylor Swift no norte da Inglaterra e tiveram como alvo principal mesquitas e imigrantes.
“A diversidade de cultura, etnia e fé fornece força, não fraqueza”, disse ele.
“Senti um profundo sentimento de orgulho aqui no Reino Unido quando, em resposta à raiva e à ilegalidade em várias cidades neste verão, as comunidades se uniram não para repetir esses comportamentos, mas para reparar, para reparar não apenas edifícios, mas relacionamentos”, concluiu.