República Tcheca põe fim à dependência do petróleo russo

CNN Brasil


O primeiro-ministro tcheco, Petr Fiala, disse nesta terça-feira (14) que o país não precisa mais importar petróleo da Rússia.

A independência energética foi possível após aprimoramentos tecnológicos que permitiram dobrar o fornecimento de petróleo pelo oleoduto Transalpino (TAL), que parte do porto de Trieste na Itália, passando pela Alemanha até alcançar países da Europa Central.

“O aumento da capacidade do oleoduto fornecerá à República Tcheca quatro milhões de toneladas adicionais de petróleo. Isto significa que será possível transportar um total de oito milhões de toneladas de petróleo por ano, o que cobre integralmente o consumo do país”, disse o primeiro-ministro.

A República Tcheca começou a trabalhar para encerrar a dependência de Moscou após a invasão da Ucrânia, em 2022. Desde os anos 60, metade de todo o petróleo usado no país vem da Rússia, através do oleoduto Druzhba – uma obra da era Soviética. A União Europeia já havia banido a maioria do fornecimento do petróleo russo, mas o Druzhba era uma exceção devido às limitadas alternativas.

Os testes e a certificação ainda devem ser concluídos, mas Fiala disse que o país já pode contar com o oleoduto Transalpino caso haja alguma interrupção do fluxo russo no Druzhba. A República Tcheca já não tinha contratos diretos com fornecedores de gás russo. “Podemos afirmar que chegamos a uma situação em que Vladimir Putin não pode nos chantagear. Nem mesmo pela interrupção do nosso abastecimento de petróleo”, disse o chefe de governo.

Em 31 de dezembro de 2024, a Ucrânia já havia suspendido o transporte de gás russo para a Europa através do seu território, depois de quase três anos de guerra, e uma vez que a Europa já havia reduziu drasticamente a cota de Moscou nas suas importações de gás. Ao suspender o fornecimento, O Ministério da Energia da Ucrânia disse que a decisão estava embasada “no interesse da segurança nacional”.

No ano passado, a gigante da indústria Gazprom, de propriedade do Kremlin – e que assinou o acordo de transporte com a ucraniana Naftogaz em 2019 – registrou perda de 6,9 ​​bilhões de dólares, a primeira em mais de 20 anos, devido à diminuição das vendas para a Europa, informou a Reuters. Isto apesar dos seus esforços para aumentar as exportações para o novo comprador, a China.

*com informações da Reuters

 



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