O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), assinou dois despachos nos quais rescinde o contrato com as empresas Transwolf e UPBus, investigadas por ligação com o PCC.
As informações foram publicadas em edição extra do Diário Oficial do município na noite desta sexta-feira (27).
Na última segunda-feira (23), a gestão municipal havia divulgado publicamente que daria início ao procedimento para rescisão contratual.
As empresas terão agora um prazo de 15 dias úteis para se manifestarem, conforme explicou a prefeitura em nota.
Em defesa prévia, a Transwolf afirmou que sempre primou pela melhoria dos serviços, buscando certificações que atestassem a qualidade de suas funções desempenhadas e por ser o primeiro ponto de desenvolvimento do atual estágio do projeto do ônibus elétrico na cidade de São Paulo,
A companhia também disse que elaborou um plano de reestruturação empresarial, com melhorias em governança corporativa e gestão operacional, mediante a composição de um CEO e cinco diretores e um cronograma para contratação de profissionais com competência técnica necessária.
Em seu plano de recuperação, a Transwolf chegou a sugerir uma cessão parcial de sua operação.
Já a UPBus alegou “ausência de indicação de fatos e fundamentação legal para decretação de caducidade (do contrato)”.
Desde o dia 9 de abril, a Transwolff e a UPBus estão sob intervenção municipal.
A medida foi tomada após uma operação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) apontar as concessionárias como intermediárias para lavagem de dinheiro proveniente do PCC.
Fiscalizações realizadas nas empresas pela Prefeitura detectaram a existência de inconformidades financeiras e operacionais, além da necessidade de uma série de mudanças de infraestrutura, manutenção veicular e qualificação das questões financeiras.
Atualmente, a Transwolff opera 132 linhas que transportam 583 mil passageiros por dia na zona sul da capital. Já a Upbus, com uma frota de 158 ônibus, atende 73 mil passageiros por dia na região leste.
(com informações de Carolina Figueiredo, da CNN)
