O assassinato do principal líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, é “um assassinato político absolutamente inaceitável”, disse um vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia à agência de notícias estatal RIA nesta quarta-feira (31).
“Este é um assassinato político absolutamente inaceitável e levará a uma maior escalada de tensões”, disse o vice-ministro das Relações Exteriores, Mikhail Bogdanov, citado pela RIA.
“Atacar Ismail Haniyeh é um crime terrorista hediondo e uma violação flagrante de leis e valores ideais”, complementou.
Bogdanov disse que o assassinato também terá um impacto negativo nas negociações de cessar-fogo em Gaza, acrescentou a RIA.
A Rússia, que tem relações com países árabes, Irã e Hamas, bem como com Israel, frequentemente condena a violência na região e acusa os Estados Unidos de ignorar a necessidade de um estado palestino independente.
O Ministério das Relações Exteriores da Turquia também repudiu o ataque, dizendo que Netanyahu “não tem intenção de alcançar a paz”.
“Oferecemos nossas condolências ao povo palestino que entregou centenas de milhares de mártires como Haniyeh para que pudessem viver em paz em sua própria terra natal, sob o teto de seu próprio estado”, disse o ministério turco.
“Este ataque também visa espalhar a guerra em Gaza para um nível regional. Se a comunidade internacional não tomar medidas para deter Israel, nossa região enfrentará conflitos muito maiores.”
O grupo armado libanês Hezbollah, que assim como o Hamas é apoiado pelo Irã, emitiu suas condolências pela morte.
O Hezbollah não acusou Israel especificamente, mas disse que isso tornaria os grupos alinhados ao Irã mais determinados a confrontar Israel.
Hamas promete retaliação
O assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, “não será em vão”, disse o presidente palestino Musa Abu Marzouk, membro do gabinete político do grupo, de acordo com a agência de notícias estatal WAFA.
Facções nacionais palestinas e islâmicas convocaram uma greve geral e manifestações em massa após o assassinato de Haniyeh.
Sami Abu Zuhri, um alto funcionário do Hamas, disse que o grupo está “pronto para pagar vários preços”.
“Estamos envolvidos em uma guerra aberta para libertar Jerusalém e estamos prontos para pagar vários preços.”
(Com informações de Abeer Salman, da CNN; e de Ahmed Tolba, Nidal al-Mughrabi, Lidia Kelly, Tuvan Gumrukcu e Panarat Thepgumpanat, da Reuters)
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