Rússia diz que Putin e Trump poderiam se encontrar ainda este mês

CNN Brasil


O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente dos EUA, Donald Trump, poderiam se encontrar neste mês, embora o primeiro encontro cara a cara entre um líder russo e um dos EUA, desde 2021, também pode levar mais tempo para ser preparado, declarou o governo da Rússia nesta quarta-feira (19).

Trump afirmou na terça-feira (18) que provavelmente se encontraria com Putin neste mês e rejeitou a preocupação da Ucrânia sobre ser deixada de fora das negociações EUA-Rússia na Arábia Saudita, ao mesmo tempo, em que sugeriu que Kiev poderia ter chegado a um acordo com a Rússia antes.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Pesco, informou que a reunião em Riade foi focada nos laços bilaterais Rússia-EUA, mas que foi um “passo muito, muito importante” para chegar a um acordo sobre a guerra na Ucrânia, que se aproxima do quarto ano.

“Mas este é o primeiro passo, naturalmente, é impossível recuperar tudo em um dia ou uma semana. Há um longo caminho a percorrer”, ressaltou Peskov.

Questionado se uma reunião entre Putin e Trump poderia ocorrer neste mês, o porta-voz foi citado pela agência de notícias Interfax dizendo que “possivelmente sim e não”.

O líder russo e o ex-presidente Joe Biden, realizaram uma cúpula em Genebra em junho de 2021. Essa foi a última vez que um líder dos EUA e da Rússia se encontraram cara a cara, embora Biden e Putin tenham telefonado em fevereiro de 2022 e as mensagens tenham sido passadas por intermediários.

Encontro entre Biden e Putin, em junho de 2021, em Geneva • Foto: Peter Klaunzer – Pool/Keystone via Getty Images

Trump alterou a política ocidental sobre a Rússia e a Ucrânia, ordenando negociações com o Kremlin sem Zelensky ou potências europeias, falando com Putin e também sobre reduzir o preço do petróleo – do qual os russos são grandes exportadores.

O presidente americano afirma que quer acabar com a guerra e acredita que o líder russo quer fazer um acordo.

Mas ele ainda precisa detalhar o plano para interromper um conflito que deixou faixas da Ucrânia destruídas, matou ou feriu centenas de milhares de pessoas e levantou temores de um confronto direto entre a Rússia e os Estados Unidos, as duas maiores potências nucleares do mundo.

As negociações em Riade foram as primeiras que americanos e a russos realizaram para buscar o fim da guerra, a mais mortal na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Nenhum oficial ucraniano ou europeu foi convidado. Kiev disse que não aceitará nenhum acordo imposto sem seu consentimento.

Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, se encontram na Arábia Saudita para negociações sobre guerra na Ucrânia. • Russian Foreign Ministry / Handout/Anadolu via Getty Images

O conflito no leste do território ucraniano começou em 2014 depois que um presidente amigo do Kremlin foi derrubado na Revolução Maidan da Ucrânia e os russos anexaram a Crimeia, com forças separatistas apoiadas pela Rússia lutando contra as forças armadas da Ucrânia.

Em 2022, Putin enviou seu exército para a Ucrânia no que ele chamou de “operação militar especial”. Segundo ele, era necessário para proteger os falantes de russo no país e combater o que ele afirmou ser uma grave ameaça à Rússia de uma possível filiação do país vizinho à Otan.

Zelensky e o Ocidente lançaram a guerra como uma apropriação de terras ao estilo imperial que ameaça a segurança europeia, e alegam que os russos poderiam ir mais longe e atacar a aliança um dia.

A Rússia descarta tais alegações como absurdas.



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