A Rússia lançou um grande ataque de drones contra a Ucrânia poucas horas antes de autoridades dos EUA e da Rússia se reunirem na Arábia Saudita para negociações.
O encontro visava encerrar a guerra de Moscou contra o país vizinho.
A força aérea da Ucrânia comentou que a Rússia lançou 176 drones de ataque do tipo Shahed e chamariz durante a noite.
Uma enxurrada quase diária de ataques aéreos busca enfraquecer as defesas ucranianas e degradar a infraestrutura energética do país durante os meses de inverno.
Mais de 100 drones foram abatidos e quase 70 do tipo chamariz perdidos do radar sem consequências negativas, relatou a força aérea da Ucrânia. Não especificando nenhum dano ou baixas do ataque.
Na segunda-feira (17), o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que a Rússia havia lançado “quase 1.220 bombas aéreas, mais de 850 drones de ataque e mais de 40 mísseis de vários tipos” na semana anterior.
Entenda a guerra entre Rússia e Ucrânia
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.
Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada.
A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.
Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.
As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano.
O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.
O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.
A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia.
Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.
O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.