Você já se encantou com a beleza delicada e exuberante das orquídeas? Essas flores, que antes eram consideradas um símbolo de luxo, agora podem fazer parte da decoração da sua casa e trazer um toque de sofisticação.
Mas, afinal, quais os cuidados básicos para garantir que as orquídeas floresçam lindas e saudáveis? O Primeira Página te mostrar tudo o que você precisa saber para ter sucesso no cultivo dessas maravilhas da natureza.
De acordo com o orquidicultor, Marcos Koczkoday, existem milhares de espécies e híbridos de orquídeas. A estimativa é de mais de 300 mil tipos de orquídeas, em torno de 35 mil espécies e 1.800 gêneros, cada um com suas características únicas.
“Olha no mundo todo, as orquídeas são subdivididas por epífitas, ou seja saindo da árvore. A rupícola de rocha, são plantadas com pedra e terrestre plantada na terra. A maior parte delas é epífitas, são plantadas com casquinha de pinus de madeira que é para imitar justamente como se você estivesse no habitat natural”.
Marcos ressalta que as orquídeas não gostam de choque térmico “Ela está em um lugar quente e de repente coloco no ar condicionado, esse choque térmico ela não gosta. Tende a durar menos tempo a floração”.
Manutenção e paciência são os segredos para uma nova floração
Com o fim da floração das orquídeas, muitos se perguntam o que fazer para garantir que a planta floresça novamente. Marcos, explica que o primeiro passo é mudar a orquídea de lugar.
“Você normalmente deixa em outro lugar que ela receba a fotossíntese. De preferência aquele sol que o médico recomenda para você, o solzinho da manhã, depois pode ser de uma forma indireta, com alguma folhagem, e talvez um solzinho no fim do dia”.
O especialista em orquídeas ressalta que é importante ter paciência e não mexer a orquídea de lugar após a floração.
“As folhas vão sempre procurar a nascente do sol… Se você mexe a orquídea, ela vai redirecionar [os brotos] para o sol da manhã e fica perdida, gastando energia com isso e acaba às vezes até deixando de florir”, afirma.
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Adubação e cuidados
Após a floração, é hora de adubar a planta. Existem diversos tipos de adubo no mercado, a maioria deles foliar.
“Adubo foliar, nós borrifamos nas folhas, o NPK, borrifa nas folhas. Há o adubo de liberação lenta, ou seja, umas bolinhas que colocamos no substrato e tem também o adubo orgânico, que seria até bokashi”, sugere Marcos.
Substrato: Trocar ou não trocar?
Uma dúvida comum é sobre a troca do substrato. Marcos explica que não é preciso trocar o substrato enquanto a orquídea está florida.
“Você não mexe com ela enquanto está florida. Acabou a floração, você só troca o vasinho e o substrato se ele estiver apodrecendo ou compactando”, orienta.
O especialista ressalta que o substrato tem validade, geralmente quatro anos, e que é hora de trocar quando as raízes começam a sair do vaso, apodrecer ou o substrato estiver compactado.
Rega: Quando e como molhar?
A rega é outro ponto importante. Marcos ensina a observar as raízes da orquídea, principalmente as que ficam visíveis nos vasos transparentes.
“Você dá uma olhada… As raízes têm que estar verdinhas. Se estiverem querendo ir para o branco, está na hora de molhar”, explica.
É importante molhar bem a orquídea, encharcando o substrato para que as raízes voltem a ficar verdes. No entanto, a frequência da rega varia de acordo com a época do ano.
“No inverno, que é a época da seca, tem que molhar todo dia, de preferência pela manhã”, recomenda Marcos.
Umidade do ar: Um fator crucial
Além da rega, a umidade do ar é fundamental para a saúde das orquídeas. Marcos sugere o uso de plantas como samambaias para ajudar a manter a umidade, principalmente na época da seca.
“É interessante ter alguma árvore junto, a samambaia ou alguma outra planta, para que quando você molhar, a planta segure a umidade”, explica.