A vice-presidente americana Kamala Harris deve enfatizar abordar a questão da imigração em seu discurso de encerramento da Convenção Democrata, nesta quinta-feira (22).
É esperado que ela enfatiza uma abordagem que equilibre a segurança da fronteira e o atendimento aos imigrantes que já residem nos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que classifica as políticas de seu rival republicano como extremas, de acordo com uma fonte familiarizada com os preparativos.
A imigração está em destaque na eleição presidencial de 2024.
Os democratas, lidando com anos de crises de fronteira, tentam inverter o roteiro dos republicanos depois que o Partido Republicano bloqueou uma medida bipartidária para a fronteira neste ano e como a questão continua sendo um pilar fundamental da campanha do ex-presidente Donald Trump.
Nesta quinta-feira, Trump retornará à fronteira sul dos EUA para criticar o governo sobre a segurança da fronteira e colocar a culpa em Kamala, alegando falsamente que ela era a “czar da fronteira”, apenas algumas horas antes dela subir ao palco em Chicago.
Uma abordagem equilibrada à imigração, embora não seja um argumento novo, é especialmente bem-vinda para os defensores que têm alertado sobre a mensagem do Partido Democrata de forte aplicação da lei na fronteira nos últimos meses.
A diretriz do Partido Democrata, divulgada esta semana, revelou a mudança ocorrida no último ano.
Em 2020, a plataforma do partido enfatizou que os EUA “deveriam ser um farol de esperança para aqueles que sofrem violência e injustiça” e enfatizou a proteção e expansão do sistema de asilo existente, sem mencionar os limites de asilo.
Quatro anos depois, a plataforma pede o fortalecimento do sistema de asilo, removendo rapidamente aqueles que não têm base legal para permanecer nos EUA.
Desde que Kamala assumiu o topo da chapa, aliados e defensores dos imigrantes pressionaram sua equipe a abordar não apenas a segurança da fronteira, mas também os milhões de imigrantes indocumentados nos EUA.
A campanha de Harris rapidamente partiu para a ofensiva contra a imigração no final de julho, citando seu trabalho processando membros de gangues transnacionais e a fracassada medida bipartidária de fronteira.
