A Rússia será representada no funeral do papa Francisco, neste sábado (26), no Vaticano, pela ministra da Cultura, Olga Lyubimova, noticiou a agência russa Ria Novosti nesta quarta-feira (23).
A decisão foi tomada pelo presidente russo, Vladimir Putin, de acordo com a notícia da Ria Novosti citada pela agência de notícias italiana Ansa.
O líder do Kremlin enfrenta desde março de 2023 um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), devido à deportação forçada de crianças ucranianas para a Rússia.
Olga Lyubimova é, por sua vez, alvo de sanções da União Europeia, dos Estados Unidos e do Reino Unido, no âmbito da invasão russa da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, e sob acusação de tentativa de destruição da herança e identidade cultural ucraniana.
Quem vai participar do funeral do papa?
Uma série de líderes mundiais confirmaram presença no funeral de sábado. O presidente da Argentina Javier Milei, país de Francisco, confirmou que vai viajar a Roma nesta quinta-feira (24).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva que teve uma relação próxima com Francisco durante o papado, também irá ao funeral.
O presidente francês Emmanuel Macron, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, o chanceler alemão Olaf Scholz e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky estão entre os principais líderes europeus que viajam para o Vaticano.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também estará presente.
Milhares de pessoas devem acompanhar a cerimônia direto da Praça de São Pedro. Cerca de 50 mil pessoas compareceram ao funeral de Bento XVI em 2023, enquanto cerca de 300 mil participaram do velório de João Paulo em 2005.
O presidente russo Vladimir Putin “não tem planos” de comparecer ao evento, disse o Kremlin nesta terça-feira (22).
Como o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de prisão para Putin, a polícia na Itália – um dos 125 estados membros do TPI – seria obrigada a detê-lo.
