Durante a plenária da COP29, em Baku, no Azerbaijão, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reafirmou a importância de ações concretas e integradas para enfrentar a crise climática global.
Ao receber oficialmente a presidência da COP30, que será realizada em Belém, no coração da Amazônia, Marina destacou o papel histórico da próxima conferência e a necessidade de um esforço coletivo para cumprir a missão de limitar o aquecimento global a 1,5 °C.
“Dubai foi a COP do alinhamento dos esforços que precisamos empreender para não ultrapassar 1,5 °C de temperatura da Terra. Aqui, no Azerbaijão, nossa principal tarefa é fazer com que esse alinhamento tenha os recursos necessários, recursos financeiros e meios de implementação para cumprirmos essa missão”, afirmou.
A ministra pontuou ainda a relevância de ações alinhadas e solidárias: “A sociedade exige, em primeiro lugar, que nos realinhemos para prosseguir a caminhada, com agudo senso de disposição, responsabilidade e urgência. Somos a linha de frente das mudanças que pouparão a humanidade de muito sofrimento e garantirão o futuro da vida no planeta”.
Marina concluiu com uma mensagem forte, fazendo uma menção aos “saberes” das comunidades indígenas da Amazônia.
“Que a COP30 seja o momento da vida para restaurar tudo aquilo que parece que estamos perdendo a cada situação extrema. Que possamos aprender com as fiandeiras da Amazônia e com todos os povos tradicionais do mundo, que precisamos fiar e confiar para termos um lugar melhor para todas as formas de vida, inclusive a nossa”.
A COP30, já chamada de “COP das COPs”, terá um peso enorme, após o insucesso, até o momento, da edição de Baku, no Azerbaijão.
A cúpula do clima, em Belém, no próximo ano, terá de fazer jus a expectativa criada em torno dela. Será preciso, de fato, ser um marco na luta pela preservação do equilíbrio do planeta.