Um homem de 36 anos foi preso, nesta quinta-feira (14), suspeito de praticar uma série de crimes de ódio, ameaças de morte, agressão sexual e mensagens racistas e extremistas. Os e-mails eram direcionadas à deputada estadual gaúcha, Bruna Rodrigues e a outras autoridades brasileiras, como senadores e o ministro do Supremo Tribula Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O suspeito, que já era investigado pela Polícia Federal há cerca de cinco anos, foi detido pela polícia civil do Rio Grande do Sul após uma investigação do DEIC (RS). O homem estava em casa, na cidade de Jundiaí (SP).
A investigação da polícia mostram que o responsável utilizava um provedor de e-mail conhecido por dificultar a identificação dos usuários, por sua capacidade de anonimato, cuja sede fica na Suíça e não possui acordo de colaboração com as autoridades brasileiras.
Aprofundando as investigações, os agentes descobriram que o nome falso utilizado para a prática criminosa já vinha sendo explorado pelo investigado desde 2022, bem como possuía diversas ocorrências registradas em todo Brasil, tendo como vítimas diversas autoridades e órgãos públicos, tais como ministros e senadores.
Segundo apuração da CNN, as mensagens dos e-mails continham falas pesadas contra minorias e autoridades.
De acordo com a polícia, outros nomes também foram identificados como vítimas de ameaças feitas pelo autor, como Guilherme Boulos, vereadora Cida Falabella, deputada Talíria Petrone, deputada Thainara Faria, senador Magno Malta, deputada Elisangela Araujo, deputada Carol Dartora, deputada Silvia Cristina, vereadora Jô Oliveira.
A Polícia Federal estava atrás do suspeito havia 5 anos. O homem que era hacker roubava e usava os dados e e-mails de pessoas comuns para fazer suas ameaças.
Durante a operação, foram apreendidos um computador desktop, um notebook, dois tablets, dois celulares, diversos pen drives e outros materiais que serão analisados para identificar se outras pessoas estão envolvidas nos crimes.
No material analisado de um dos suspeitos foram encontradas ameaças de ataques a bomba ao STF, Congresso Nacional e ao MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand).
A operação é uma realização da Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudações (DRCID).