Tamanduá escorrega em toca de tatu e usa camuflagem para se proteger


Nem o tamanduá-bandeira escapou dos tropeços do pós-Carnaval! Uma armadilha fotográfica do Projeto Tatu-Canastra registrou um momento inusitado na mata: ao investigar uma toca de tatu-canastra, o tamanduá se desequilibrou sobre o monte de areia e, assustado, utilizou uma estratégia de camuflagem impressionante.

Tamanduá visitando toca do tatu (Foto: Reprodução)

O vídeo mostra o curioso se aproximando da entrada da toca, explorando o local com seu focinho alongado.

No entanto, ao pisar na área instável, ele perde o equilíbrio e cai para trás. Sem entender exatamente o que aconteceu, o tamanduá reage instintivamente como se estivesse sob ataque, enrolando-se e cobrindo o próprio corpo com a cauda peluda, uma técnica natural de defesa contra predadores.

Apesar do susto, o animal não sofreu ferimentos e logo depois seguiu seu caminho. O registro surpreendente evidencia não apenas a curiosidade dos tamanduás-bandeira, mas também os comportamentos defensivos dessa espécie, que vive nas áreas de cerrado e mata atlântica.

O responsável pela captura de imagens é o Projeto Tatu-Canastra, que utiliza armadilhas fotográficas para monitorar os usos das tocas do tatu-canastra.

Esse tipo de tecnologia permite flagrar momentos raros da vida selvagem, trazendo conhecimento sobre os hábitos e interações dos animais em seu ambiente natural.

Tamanduá-bandeira

O tamanduá-bandeira é um animal de grande porte, podendo medir entre 98 e 120 cm de comprimento de corpo, com uma cauda que varia entre 65 e 90 cm.

Seu peso pode chegar a 45 kg, sendo os machos geralmente maiores que as fêmeas. Possui uma pelagem cinza-acastanhada, com uma marca preta característica margeada por faixas brancas que se estendem do peito até o dorso.

Seu crânio é alongado, e o focinho comprido abriga uma boca pequena, onde se esconde uma língua de até 60 cm. Suas orelhas e olhos são pequenos, mas seu olfato é altamente desenvolvido, compensando a visão limitada.

Esses animais são solitários e podem ter hábitos diurnos ou noturnos, dependendo das condições climáticas e da presença humana no ambiente.

Alimentam-se principalmente de formigas e cupins, podendo consumir até 30 mil insetos em um único dia. Para capturar suas presas, utilizam as poderosas garras dianteiras para abrir cupinzeiros e sua língua pegajosa para coletar os insetos rapidamente.





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