Uma ação conjunta entre o Ministério Público de São Paulo, Polícia Federal e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), deflagrou, na manhã desta terça-feira (10), a 2ª fase da ‘Operação Baal‘ na cidade paulista, contra suspeitos de uma organização criminosa investigados por roubos na modalidade “Novo Cangaço”.
A investigação iniciou a partir de informações de uma tentativa de roubo a uma agência de valores, em abril de 2023, em Confresa, a 1.160 km de Cuiabá.
Operação Baal
Conforme a Polícia Federal, um dos suspeitos da tentativa de roubo em Confresa morava em São Paulo e fazia parte da organização criminosa. No dia do crime, vários suspeitos foram presos e outros mortos em confronto com a polícia.
Na operação desta quarta-feira, foi decretada a prisão preventiva de mais três investigados, entre eles um integrante de organização criminosa que estava foragido desde 2005. Ele acabou preso em outra investigação do Gaeco em Campinas (SP).
Desde a 1ª fase a operação, em maio deste ano, o Ministério Público paulita denunciou 18 pessoas que se tornaram réus após as denúncias contra eles serem aceitas. Caso condenados, cada um deles deverá arcar com R$ 5 milhões de indenização por danos morais à coletividade.
Ainda durante as ações policiais, foram encontrados vídeos em que um dos suspeitos, que seria CAC – pessoa com Certificado de Registro para realizar atividades de Colecionamento de armas de fogo – dava aulas de tiro de fuzil para outro suspeito, também integrante do grupo criminoso.
Ao todo, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão domiciliar e três mandados de prisão preventiva em São Paulo e Buri.
Tentativa de roubo em Confresa
Em abril do ano passado, um grupo criminoso teria saído de Redenção, no Pará, e seguiram por cerca de 400 km até Confresa, onde aterrorizaram a cidade.
Os suspeitos se dividiram em dois grupos: um atacou a base da Polícia Militar enquanto outro seguiu para o principal alvo, uma empresa de transporte de valores.
Os criminosos entraram na empresa, tentaram arrombar e explodiram bombas na porta de acesso ao cofre da unidade, mas não tiveram sucesso.
Após saírem da empresa, sem levar nenhum dinheiro, o bando espalhou terror pela cidade. Segundo a Polícia Civil, eles partem de Confresa até Santa Terezinha, onde já havia barcos esperando. Assim, fugiram pelo Rio Araguaia e chegaram a Tocantins.
Os carros utilizados pelos criminosos seriam de uma locadora de veículos de São Paulo, conforme a polícia.
Ao todo, 18 criminosos foram mortos em confrontos com a polícia.
‘Novo Cangaço’
O ‘Novo Cangaço’ é uma modalidade criminosa de crimes violentos contra o patrimônio, na qual os grupos criminosos impedem a ação do poder público por meio do planejamento e execução de roubos que causam terror social, segundo a PF.
-
Polícia investiga se ataque a Confresa tem ligação com Novo Cangaço
-
Roubos a bancos no estilo “novo cangaço” reduzem 80% em Mato Grosso
-
Polícia identifica 22 membros de quadrilha do Novo Cangaço e recupera mais de R$ 500 mil em MT