Os trabalhadores bolivianos aliciados pelo grupo criminoso alvo da Polícia Federal nesta terça-feira (24) eram levados para São Paulo e Minas Gerais para costurarem roupas de grife em fábricas clandestinas; é o que revelou as investigações da operação Libertad.
Segundo o superintendente da PF em Mato Grosso do Sul, o delegado Carlos Henrique Cotta D’Ângelo, a investigação durou um ano e revelou que brasileiros e bolivianos estão envolvidos no esquema de contrabando e tráfico de pessoas.
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PF faz operação contra tráfico de pessoas em MS e outros 2 estados
Para atrair trabalhadores, os suspeitos usavam as redes sociais. As vítimas aceitavam as propostas de emprego, mas quando chegavam ao Brasil eram surpreendidos com condições de trabalho degradantes e jornadas exaustivas.
Durante as ações desta terça-feira, os policiais visitaram as fábricas clandestinas – que funcionavam em casas – e encontraram diversos bolivianos. Segundo o delegado Carlos Henrique Cotta D’Ângelo, as roupas costurados por eles eram de grife.
Ao todo, 36 mandados de busca e apreensão, 16 medidas cautelares de proibição de deixar o Brasil, além de 26 suspensões de atividades econômicas, foram cumpridos.
As equipes policiais foram as ruas de cinco cidades:
- São Paulo (SP)
- Guarulhos (SP)
- Ribeirão das Neves (MG)
- Belo Horizonte (MG)
- Corumbá (MS)
Os envolvidos no esquema devem responder por contrabando de migrantes, tráfico internacional de pessoas e trabalho análogo à escravidão.