O presidente dos EUA, Donald Trump, disse no sábado (1º) que a Venezuela concordou em receber todos os migrantes irregulares venezuelanos capturados nos Estados Unidos e fornecer transporte para seu retorno.
“A Venezuela concordou em receber de volta em seu país todos os venezuelanos ilegais que estavam acampados nos EUA, incluindo membros de gangues como o Tren de Aragua”, disse Trump em uma postagem no Truth Social. Ele afirmou, ainda, que a Venezuela concordou em fornecer transporte para os migrantes.
O governo venezuelano não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
O anúncio do presidente republicano veio no dia seguinte à reunião do enviado dos EUA, Richard Grenell, com o presidente venezuelano Nicolás Maduro, na sexta-feira (31), na qual ele trouxe de volta seis cidadãos americanos.
A administração Trump afirmou que os principais objetivos da viagem de Grenell eram garantir a liberação de americanos detidos e deportar os venezuelanos de volta ao seu país de origem.
A Casa Branca disse que a visita de alto nível não significa que os Estados Unidos reconheçam Maduro como líder legítimo da Venezuela. Os dois países têm uma história recente conturbada, marcada por relações rompidas, sanções e acusações de conspiração para golpe.
Grenell afirmou que não houve concessões financeiras ou de outro tipo prometidas a Maduro.
“A única recompensa para Maduro foi minha presença física, o primeiro oficial sênior dos EUA a visitar o país em anos“, foi citado dizendo ao *Wall Street Journal*. “Foi um grande presente para ele ter uma visita de um enviado do presidente Trump.”
Maduro adotou um tom conciliatório após o encontro, dizendo que ele e Trump deram “o primeiro passo. Esperamos que isso possa continuar.”
Trump elogiou o acordo como mais uma vitória em sua tentativa de fazer com que países da América Latina e Central recebam migrantes ilegais.
“Estamos no processo de remover números recordes de imigrantes ilegais de todos os países, e todos os países concordaram em aceitar esses imigrantes ilegais de volta”, disse Trump.
No domingo passado, os Estados Unidos e a Colômbia evitaram uma guerra comercial depois que a Casa Branca afirmou que a nação sul-americana concordou em aceitar aeronaves militares transportando imigrantes deportados.
O México se recusou a aceitar um voo de deportação militar dos EUA dias após Trump assumir o cargo, mas disse que recebeu imigrantes não mexicanos dos Estados Unidos na última semana. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou que nações da América Central também poderiam alcançar acordos semelhantes com os EUA para aceitar deportados de outros países.
Desde que assumiu o cargo em 20 de janeiro, Trump emitiu uma série de ordens executivas para reprimir a imigração ilegal, incluindo ações voltadas para deportar números recordes de imigrantes nos EUA sem status legal.
