Trump é sentenciado em caso de suborno a atriz pornô, mas sem prisão ou multa


O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, foi sentenciado nesta sexta-feira (10) pela condenação por suborno pago a uma atriz pornô.

Trump foi sentenciado à “dispensa incondicional”, ou seja, foi condenado criminalmente, mas não enfrentará pena de prisão, liberdade condicional ou outras penalidades (como multa, por exemplo).

O republicano se declarou inocente e prometeu recorrer do veredito. Ele apareceu com seu advogado em telas de TV transmitidas para o tribunal com duas bandeiras dos EUA ao fundo e não reagiu após o juiz Juan Merchan ter concluído a audiência.

A sentença foi lida dez dias antes de Trump ser empossado para um segundo mandato. Isso confirma o republicano como o primeiro presidente dos EUA a ser condenado criminalmente.

“Caça às bruxas”, diz Trump sobre condenação

Após a sentença, Donald Trump reafirmou em publicação nas redes sociais que o caso foi uma “caça às bruxas” de “democratas radicais”, alegando que as acusações eram infundadas, ilegais e falsas.

“Esse resultado por si só prova que, como todos os estudiosos e especialistas jurídicos disseram, NÃO HÁ CASO, NUNCA HOUVE UM CASO, e todo esse golpe merece ser REJEITADO”, pontuou.

Ele ainda chamou Juan Merchan de “juiz altamente conflituoso”, ressaltando que vai recorrer da condenação.

Suprema Corte dos EUA permitiu anúncio da sentença de Trump

A Suprema Corte dos EUA permitiu que a sentença fosse divulgada no tribunal estadual de Nova York em Manhattan, rejeitando na quinta-feira (9) um pedido de última hora do republicano para interrompê-la.

O juiz Juan Merchan, que supervisionou o julgamento de seis semanas no ano passado, já havia sinalizado que não planejava prender o presidente eleito ou multá-lo.

A sentença marca o ápice do primeiro caso criminal movido contra um presidente americano.

Entenda a condenação de Trump

O promotor público de Manhattan, Alvin Bragg, acusou Trump em março de 2023 de 34 acusações de falsificação de registros comerciais para encobrir o pagamento de 130 mil dólares, que foi feito por seu ex-advogado Michael Cohen à estrela de filmes adultos Stormy Daniels.

O suborno tinha como objetivo, segundo as autoridades, garantir o silêncio da atriz antes da eleição de 2016 sobre um encontro sexual que ela disse ter tido com Trump. O presidente eleito nega que isso tenha acontecido.

Trump derrotou a democrata Hillary Clinton naquela eleição.

O júri de Manhattan considerou Trump culpado de todas as 34 acusações em 30 de maio de 2024. Os promotores argumentaram que, apesar da natureza vulgar das alegações, o caso foi uma tentativa de corromper a eleição de 2016.

EUA: Trump é o segundo presidente a vencer mandatos não consecutivos



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