O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ofereceu à deputada republicana Elise Stefanik o cargo de embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, disseram duas fontes à CNN no domingo (10).
A congressista de Nova York republicana da Câmara tem sido uma forte aliada do presidente eleito e uma importante angariadora de fundos para o Partido Republicano.
A CNN entrou em contato com Stefanik para comentar.
Stefanik, presidente da Conferência Republicana da Câmara, tem sido durante anos uma das mais ferrenhas apoiadores de Trump no Congresso. Seu desempenho durante as audiências de impeachment de 2019 fez dela uma “estrela republicana”, como o próprio Trump disse na época.
Ela também defendeu Trump após a sua derrota em 2020, quando se opôs à certificação da vitória do presidente Joe Biden na Câmara e promoveu as falsas alegações sobre fraude eleitoral.
Mas ela nem sempre foi a maior fã de Trump: a republicana de Nova York, que era a mulher mais jovem eleita para o Congresso na época da sua primeira vitória, em 2014, votou contra uma das vitórias legislativas do republicano – o seu plano fiscal de 2017.
Uma autodenominada “voz independente” que evidenciava uma personalidade moderada, ela já havia recebido muitos elogios do ex-presidente da Câmara, Paul Ryan, que escreveu na revista Time que Stefanik era uma “edificadora– tarefa nada fácil em uma época em que tanto da política é derrubar as pessoas.” Ela trabalhou para Ryan durante a campanha de Mitt Romney em 2012.
De cética e crítica em relação a Trump, durante a campanha presidencial de 2016 e nos primeiros dias da presidência, ela passou a ser uma defensora – um movimento que ela explicou ser devido em parte à popularidade de Trump no seu distrito no norte do estado de Nova York.
Enquanto Trump buscava a nomeação presidencial republicana em 2024, ela estava entre um grupo de potenciais companheiras de chapa, um papel pelo qual disputou abertamente. Ela também disse à CNN no início deste ano que “serviria com orgulho em uma futura administração Trump”.
Stefanik substituiu a então deputada Liz Cheney como presidente da conferência do Partido Republicano em maio de 2021, depois que a republicana de Wyoming criticou as alegações falsas de Trump sobre a eleição de 2020.
Ela é membro do Comitê de Serviços Armados e do Comitê Selecionado Permanente de Inteligência da Câmara, entre outros comitês. Stefanik ganhou as manchetes no ano passado com sua campanha para destituir líderes universitários que, segundo ela, não denunciaram adequadamente o antissemitismo nos campi durante uma audiência na Câmara sobre o assunto.
Trump disse no sábado (9) em uma postagem nas redes sociais que não convidaria Nikki Haley, que serviu como embaixadora da ONU durante seu primeiro governo. Haley, ex-governadora da Carolina do Sul, disputou as primárias contra Trump antes de desistir e apoiá-lo meses depois.
O que acontece com as ações judiciais contra Trump, agora eleito?