Na era digital, anunciar na TV continua sendo um bom negócio? Na afirmativa do consultor e palestrante com mais de 15 anos de experiência nas áreas de mídia e inteligência de negócios, Fernando Morgado, sim!
Embora muitos investidores destaquem que a publicidade na TV é “cara”, uma análise em profundidade a partir da aCPM (Custo por Mil médio de Atenção) mostra o contrário. “A TV linear se destaca como a mídia com menor custo por contato, combinando alto alcance e forte foco no espectador”, avaliou Morgado em suas redes.
Na atualidade, o Brasil alcança, através da chamada TV Linear, ou seja, aquela que segue o padrão tradicional – onde as emissoras abertas ou por assinatura transmitem conteúdo em vídeo com horários predefinidos -, 99,2% das casas, além de apresentar um tempo médio de consumo de 5h14 por dia.
No comparativo com o vídeo online, onde a média diária bate 2h23 conforme a Kantar Ibope Media, a diferença é de 3h09, o que revela que a TV sai na frente mais uma vez. Para se ter noção do alcance, somente em Mato Grosso do Sul, a TV Morena tem mais de 2,6 milhões de telespectadores potenciais.
Na Capital de MS, por exemplo, a relação dos campo-grandenses com a televisão se mostra altamente forte. Todos os dias, cerca de 426 mil pessoas assistem à televisão, o que, em comparativo com o ano passado, apresenta uma elevação de 22,7% nos números frente a 2023 (dados obtidos a partir do Relatório TGI Light, da Kantar Ibope Media).
Conforme Morgado, a chamada TV Linear tem um custo mais baixo do que anúncios em display online no desktop, ou seja, isso significa que, para atingir um público vasto com grande impacto, a TV ainda é extremamente competitiva.
Por isso, a ideia de que a TV exige grandes orçamentos é equivocada na ponderação do consultor. “Campanhas bem otimizadas, que focam em alcance e continuidade ao longo do ano, são mais eficazes em construir memórias de marca e gerar resultados. Combinada com outros canais, a TV oferece um impacto que poucos podem igualar”, argumentou ao público sobre a eficiência do formato para anúncios.
Ponto focal e integração entre mídias
Estudos mostram que os telespectadores dedicam mais atenção aos anúncios da TV do que de outras plataformas, como redes sociais e YouTube, ou seja, para o formato, o ponto focal e a atenção do espectador também são um diferencial que se converte em resultados positivos.
Mas excluir outros formatos é a solução? Não! Pois a chave está em integrar diferentes mídias e garantir uma presença constante para maximizar a eficácia de qualquer campanha.
A exemplo, é possível avaliar que no Brasil, o que passa na TV não fica TV. Isto porque a integração entre formatos está presente e, enquanto o telespectador assiste à TV, costuma comentar sobre o que está assistindo nas redes sociais.
Na vida cotidiana e nas rodas de conversa entre amigos e familiares, o formato também é forte. Afinal, 54% dos telespectadores, de acordo com a Kantar Ibope Media, afirmam que as propagandas na televisão são interessantes e proporcionam assuntos para conversas.
No consumo, o cenário é ainda melhor. Afinal, 97% daqueles que acompanham a TV e os conteúdos televisivos afirmam que a publicidade influencia nas decisões de compra em Campo Grande.
Quanto à confiabilidade dos conteúdos, 359 mil conferem credibilidade ao conteúdo transmitido pelo formato para se manterem informados, de acordo com levantamento do Relatório TGI Light, da Kantar Ibope Media.