Ucrânia diz que afundou submarino russo no porto da Crimeia

CNN Brasil


O exército ucraniano afirmou ter afundado um submarino russo em um porto da Crimeia, no que seria outro grande revés para Moscou.

O submarino Rostov-on-Don foi atingido no porto de Sevastopol na sexta-feira (2), disseram as Forças Armadas da Ucrânia em um comunicado no sábado (3).

“O barco afundou no local”, diz a nota, sem fornecer mais provas.

Se confirmado, o naufrágio seria o último golpe da Ucrânia na marinha russa. Kiev já perdeu um terço de sua frota do Mar Negro.

A CNN não pôde verificar independentemente a afirmação, e o Ministério da Defesa russo não comentou sobre o suposto ataque.

A perda do Rostov-on-Don “prova mais uma vez que não há lugar seguro para a frota russa nas águas ucranianas do Mar Negro”, disse Kiev.

O Ministério da Defesa da Ucrânia saudou o ataque, dizendo em um post nas redes sociais que “um submarino russo foi para o fundo do Mar Negro” depois de ter sido atacado no porto de Sevastopol. “Como resultado do ataque, o submarino afundou. Grande trabalho, guerreiros”, complementa a nota.

A Rússia anexou a Crimeia em 2014. Desde o início da guerra na Ucrânia, há mais de dois anos, o local tem sido alvo de ataques esporádicos das forças de Kiev.

O governador russo de Sevastopol, Mikhail Razvozhayev, disse que os exercícios de defesa submarina estavam ocorrendo no sábado (3), e “tudo está calmo na cidade.”

Em um post, o blogueiro militar russo Boris Rozhin disse que a fábrica de reparos do navio em Sebastopol, onde o submarino estava ancorado, parece ter sido atingida.

Comissionado em 2014, o Rostov-on-Don é um submarino de 73,8 metros da classe Kilo II e transporta uma tripulação de 52 pessoas. Com um deslocamento submerso de 3 mil toneladas, o navio diesel-elétrico pode transportar mísseis de cruzeiro Kalibr.

Retirar os ativos russos armados com mísseis Kalibr é uma parte importante da estratégia militar de Kiev, porque a Rússia tem usado Kalibr e mísseis para atacar a infraestrutura vital ucraniana, tais como usinas de energia, disse Cedric Leighton, um analista militar da CNN.

“Acertar este submarino é um grande negócio,” disse Leighton.

A Ucrânia já tinha atacado Rostov-on-Don antes.

O submarino foi “severamente danificado” em um ataque de mísseis ucranianos em setembro de 2023, segundo a Ucrânia. Após essa ação, fotos de inteligência de código aberto, incluindo aquelas citadas pelo ministério da defesa britânico, mostraram o que o ministério disse ser “danos catastróficos.”

Mas a Ucrânia disse que o Rostov-on-Don foi reparado e testado recentemente nas águas do porto de Sevastopol.

As forças de Kiev têm desfrutado de sucessos contínuos visando a Frota do Mar Negro da Rússia, com ataques de mísseis ou ataques de drones marítimos.

Mais de 20 navios da marinha russa foram desativados ou destruídos, um terço de toda a frota. Embora a Ucrânia não tenha praticamente nenhuma marinha própria, a inovação tecnológica, a audácia e a incompetência russa deram-lhe a vantagem em grande parte do Mar Negro.

A pior perda naval da Rússia na guerra foi o naufrágio do cruzador de mísseis guiados Moskva em abril de 2022.

Em outubro do ano passado, imagens de satélite indicaram que a Rússia transferiu alguns de seus navios navais para fora de Sebastopol após uma série de ataques ucranianos.

Além de atacar o submarino, as forças ucranianas também danificaram gravemente quatro lançadores de mísseis antiaéreos S-400 na sexta-feira (2), disse o exército ucraniano.

Leighton afirmou que a destruição das baterias anti-aéreas poderia ajudar a abrir os céus sobre a Crimeia para aviões de guerra ucranianos para atingir mais alvos russos.



Fonte do Texto

VEJA MAIS

Mulher que trazia cocaína da Bolívia é presa no interior baiano

Uma mulher foi presa com cerca de 4 quilos de cocaína de origem boliviana, em…

Vídeo raro revela curiosidades sobre o acasalamento do tatu-canastra

Deparar-se com um tatu-canastra já é difícil, mas encontrar dois animais da espécie a luz…

“Um momento sombrio para o Tribunal de Haia”, diz embaixador de Israel no Brasil

O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, reagiu à expedição pela Corte de…