O fenômeno das redes sociais, padre Patrick Fernandes, viu sua imagem ser utilizada de forma fraudulenta. Um vídeo deepfake, que simula a aparência real de uma pessoa, foi criado com o rosto do religioso para solicitar doações a uma criança que supostamente moraria em Cuiabá.
O caso, que expõe os perigos da inteligência artificial, levou o padre a fazer um alerta público em suas redes sociais, onde possui milhões de seguidores. Em um vídeo, ele pediu cautela aos seus fiéis e denunciou o uso indevido de sua imagem. Veja o vídeo abaixo:
A reportagem decidiu não compartilhar o vídeo falso para proteger a identidade da criança e evitar a propagação de notícias falsas.
Em seu relato, o padre afirma que recebeu inúmeras mensagens sobre o pedido de ajuda, e embora ele já tenha se manifestado nos stories, fez uma mensagem para o feed, considerando a necessidade de alertar as pessoas.
“Pessoal, eu estou fazendo esse vídeo devido às diversas mensagens que eu estou recebendo a respeito de um vídeo meu pedindo ajuda para uma criança. Eu já havia falado nos stories, mas eu quero deixar aqui no feed. Não sou eu, é fruto de inteligência artificial. As pessoas que me conhecem bem até já notaram a diferença na voz. São bandidos que estão se utilizando desses meios para roubar, para tirar dinheiro das pessoas mais simples e desinformadas. Então, qualquer ação que eu um dia vier a fazer estará postado nas minhas redes oficiais. Fora disso é golpe. Então, por favor, não caia nesse tipo de ladroagem, de bandidagem mesmo. Aquele vídeo é fruto de inteligência artificial”.
Vale lembrar que no Brasil há um Projeto de Lei que regulamenta o uso da I.A, visando fraudes, inclusive essas que utilizam-se da imagem de pessoas para cometer crimes.