Vídeo mostra aeroporto na RD Congo após batalhas; M23 avança no país

CNN Brasil


Os confrontos entre o governo da República Democrática do Congo e o grupo armado M23 deixaram rastros de destruição pelo aeroporto Internacional de Goma, a maior cidade do leste do país.

Em 27 de janeiro, o M23 reivindicou o controle de Goma, capital da província de Kivu do Norte e um importante centro de transportes no leste da RD Congo, na pior escalada do conflito em mais de 10 anos.

Neste momento, centenas de soldados permanecem detidos em uma base militar perto do aeroporto de Goma.

A instalação, agora sob o controle do M23, apresenta fortes evidências de combate.

Veja a situação do aeroporto de Goma:

As forças do M23 apreenderam um grande número de veículos e armamento pesado no aeroporto, com algumas armas já redistribuídas para as linhas de frente à medida que o grupo avança para sul.

A Organização das Nações Unidas (ONU) tem pedido pela reabertura do aeroporto para ajuda humanitária, o que parece improvável a curto prazo.

O M23 avança ao longo do Lago Kivu em direção a Bukavu, capital da província de Kivu do Sul, a cerca de 200 quilômetros de Goma.

Os rebeldes capturaram Nyabibwe, uma cidade rica em minerais no Kivu do Sul, colocando as forças a 100 quilômetros de Bukavu.

Ao longo do percurso, muitas bases militares congolesas foram destruídas.

E, à medida que os combates se deslocam em direção a Bukavu, Goma inicia uma tentativa de recuperação.

A pedido do governo da RD Congo, a missão de manutenção da paz da ONU no território, conhecida como MONUSCO, retirou os quase 13 mil soldados armados de manutenção da paz do país em 2024.

Muitas áreas no leste do país não estão recebendo assistência necessária.

Entenda o conflito na RD Congo

Uma aliança rebelde reivindicou a captura da maior cidade na região leste da República Democrática do Congo (RD Congo), que é rica em minerais, nesta semana, superando tropas governamentais apoiadas por forças de intervenção regionais e da ONU.

A tomada de Goma é mais um ganho territorial para a coalizão rebelde Alliance Fleuve Congo (AFC), que inclui o grupo armado M23 – que é sancionado pelos Estados Unidos e pela ONU.

É também uma rápida expansão da presença dos insurgentes no leste do país – onde minerais raros cruciais para a produção de telefones e computadores são extraídos – e provavelmente piorará uma crise humanitária de longa data na região.

O governo congolês ainda não confirmou a tomada da cidade pelos rebeldes, mas reconhece sua presença no local, que é capital da província oriental de Kivu do Norte.

Além disso, a RD Congo anunciou no domingo (27) que cortou relações diplomáticas com a Ruanda e chamou de volta sua equipe diplomática do país. A nação vizinha é acusada de equipar os rebeldes com armas e combatentes.

Um porta-voz do governo de Ruanda não negou nem confirmou o apoio do país ao grupo armado M23 quando questionado pela CNN.

Enquanto isso, soldados estrangeiros de forças de paz, bem como o governador militar da província de Kivu do Norte, foram mortos nos últimos dias tentando afastar os insurgentes, enquanto milhares de moradores fogem da região.

O que é o M23?

O nome M23 se refere ao acordo de 23 de março de 2009, que encerrou uma revolta anterior liderada por tutsis no leste da RD Congo.

É o mais recente grupo de rebeldes liderados por tutsis étnicos apoiados por Ruanda, que têm causado tumulto na RD Congo desde o rescaldo do genocídio em Ruanda há trinta anos, quando extremistas hutus mataram tutsis e hutus moderados e depois foram derrubados pelas forças lideradas por tutsis que ainda dominam Ruanda.

O M23 acusa o governo da RD Congo de não cumprir o acordo de paz e integrar totalmente os tutsis congoleses ao Exército e ao governo.

O grupo também promete defender os interesses tutsis, particularmente contra milícias étnicas hutus, como as Forças Democráticas para a Libertação de Ruanda (FDLR), fundadas por hutus que fugiram de Ruanda após participar do genocídio de 1994 de quase 1 milhão de tutsis e hutus moderados.



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