As cinco pessoas que foram baleadas em um bar, neste sábado (14), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, participavam de uma confraternização e teriam sido confundidas com milicianos. Durante o ataque, três homens foram mortos e dois ficaram feridos.
De acordo com testemunhas, antes do ataque a tiros, dois milicianos deixaram o local após perceberem a aproximação de um carro com traficantes, que seria integrantes do Comando Vermelho. Pouco depois, o grupo de amigos ocupou a mesma mesa e acabou alvo dos criminosos.
Um vídeo obtido pela CNN mostra as vítimas realizando uma brincadeira de amigo oculto horas antes do crime. No registro, os amigos se divertem enquanto trocam presentes durante a confraternização.
Os três mortos são:
Vitor Enoque Barbosa da Silva, de 24 anos, foi levado para o Hospital Municipal Rocha Faria, onde passou por cuidados médicos e permanece hospitalizado. Rodrigo Andrade Vieira da Silva, de 35 anos, foi atendido no Hospital Geral de Nova Iguaçu e já recebeu alta.
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) iniciou as investigações e apura se o crime foi motivado pela disputa por território entre milicianos e traficantes no km 32, em Nova Iguaçu. Segundo a Polícia Civil, diligências estão em andamento para identificar os criminosos.
“Essa guerra não é nossa”: ator desabafa após perder amigos na chacina
O ator Pablo Oliveira compartilhou um desabafo emocionado nas redes sociais após perder amigos de infância durante a chacina em Nova Iguaçu.
Visivelmente abalado, ele lamentou a perda de pessoas próximas, incluindo amigos que considerava parte de sua família. O irmão do ator, que costumava frequentar o mesmo grupo, escapou da tragédia por acaso, devido a um compromisso familiar.
“Meus amigos tinham sonhos. Alguns planejavam deixar o país, em busca de um lugar onde pudessem viver sem medo, sem essa sensação constante de sufocamento. Mas, antes de realizarem esses sonhos, tiveram suas vidas arrancadas por monstros”, declarou.
Pablo descreveu o encontro como uma confraternização simples, um momento de celebração que foi brutalmente interrompido pela violência. O ator também denunciou a banalização da vida e o aumento da criminalidade no Rio de Janeiro.
“Essa guerra não é nossa, não somos obrigados pagar a conta dessa frustração ideológica do tráfico e da milícia seja lá quem for”, desabafou.