Votação em Israel sobre cessar-fogo ocorrerá na sexta (17), diz autoridade


O gabinete do governo de Israel deve se reunir nesta sexta-feira (17) de manhã para votar o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns para a Faixa de Gaza, disse uma autoridade israelense.

A reunião acontecerá um dia depois do que estava inicialmente prevista para acontecer, depois que o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que obstáculos de última hora ainda estavam sendo resolvidos nas negociações em Doha.

A decisão de reunir o gabinete nesta sexta-feira indica que essas questões pendentes foram resolvidas.

O governo de Israel indicou anteriormente que o gabinete só se reuniria quando essas questões fossem resolvidas.

Nesta quinta, após o adiamento da reunião em Israel, uma autoridade do Hamas afirmou que o grupo está comprometido com o acordo de cessar-fogo anunciado pelos mediadores.

“Em relação às alegações do gabinete do [primeiro-ministro israelense Benjamin] Netanyahu, confirmo que o Hamas está comprometido com o que foi acordado e com o acordo de cessar-fogo anunciado pelos mediadores”, declarou Izzat el-Reshiq.

“Nenhuma emenda foi adicionada. Espero que tais declarações do gabinete de Netanyahu não sejam uma tentativa de fugir de seu compromisso com o acordo de cessar-fogo”, acrescentou.

Entenda o conflito na Faixa de Gaza

Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.

O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.

Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.

A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.

A população israelense faz protestos constantes contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados. 

 



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