Votos feminino, negro e hispano-americano têm cada vez mais peso nos EUA, afirma professora ao WW


A professora de Relações Internacionais da Universidade São Judas Tadeu, Clarissa Forner, analisa as mudanças no cenário eleitoral dos Estados Unidos, destacando o crescente peso dos votos feminino, negro e hispano-americano nas disputas presidenciais.

Segundo a especialista, que também é pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos (INCT-INEU), embora o sistema de colégio eleitoral ainda seja determinante, as campanhas têm dado atenção especial aos “estados-pêndulo”, que não têm inclinação definida para republicanos ou democratas. No entanto, Forner ressalta que as mudanças demográficas nas últimas décadas têm alterado significativamente o panorama eleitoral.

Impacto dos grupos minoritários

A professora enfatiza: “A gente tem um peso muito maior dos votos femininos, do voto negro, do voto hispano-americano, de tal forma que talvez com isso a gente consiga entender também porque a Kamala e também o Trump estão investindo num estado como o Texas”.

O Texas, historicamente inclinado aos republicanos, tem recebido atenção especial dos candidatos nos dias finais da campanha. Isso reflete uma percepção de mudança no eleitorado, especialmente considerando o significativo contingente hispano-americano no estado.

Forner argumenta que a mudança na abordagem das campanhas indica uma adaptação às novas realidades demográficas do país.

A análise da especialista sugere que, além dos tradicionais “estados-pêndulo”, os candidatos estão agora focando em regiões antes consideradas consolidadas, reconhecendo o potencial de mudança no comportamento eleitoral desses grupos demográficos emergentes.

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