Ditaduras como a da Venezuela fazem o que ditaduras fazem: mentem, corrompem, roubam, provocam miséria e pobreza. Elas usam um simulacro de regime eleitoral para se manter no poder, um poder que não abandonam pelo voto. É o que a ditadura de Nicolás Maduro está fazendo agora.
Ditaduras como a da Venezuela são ditaduras porque não respeitam os princípios básicos da democracia, tais como direitos humanos, liberdade do indivíduo e igualdade perante a lei. Daí resulta uma outra questão: não há boas ou más ditaduras, dependendo de qual padrão ideológico obedecem. Existem ditaduras.
A reação aos truques sujos de uma ditadura, como acontece agora na Venezuela, revela muito sobre o apego de pessoas, organizações, instituições e governos aos princípios que uma ditadura despreza.
Há um limite entre manter relações formais com vizinhos sob o jugo de uma ditadura e apoiar, elogiar, conceder e tentar passar pano para uma ditadura, pois o ditador é amigo que pertence a uma corrente política.
O Brasil fez esse tipo de escolha em relação a Nicolás Maduro e colocou-se numa péssima posição. Lula achava que perderia se Maduro perdesse. Agora percebe que perde com Maduro ganhando.
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