As primeiras pesquisas após a consagração de Kamala Harris como candidata do Partido Democrata trazem alento para os adversários de Donald Trump. Era o que se esperava que aconteceria. Simplesmente pelo fato de o Partido Democrata ter agora uma candidata sem sinais aparentes de decrepitude, como acontecia com Joe Biden.
Em alguns levantamentos, Kamala está à frente de Trump no voto nacional. Lembrando que o presidente lá não é quem vence o voto popular, mas sim quem tem maioria num colégio eleitoral formado por delegados de cada estado.
Claro que se pode duvidar da exatidão de números de pesquisas. Mas não dá para brigar nestas primeiras horas com a tendência dos números: Trump um pouco para baixo, Kamala Harris um pouco para cima. A mesma coisa ocorre também nas bolsas de apostas.
E na internet? A campanha de Trump já abriu fogo contra ela. Mas deparou-se com uma mobilização na qual Kamala aparece como heroína e não como vítima de memes.
Os riscos nesse campo de batalha são iguais para os dois lados. É os republicanos caírem no engano de que todo mundo acha o que eles acham de errado em Kamala na campanha que já está na internet. Ou a campanha de Kamala achar que todo mundo compartilha a mesma simpatia dos memes favoráveis a ela.
É um dilema bem conhecido na política de lá e de aqui também. Calcular o que vai pesar mais na decisão de voto. O mundo real ou a efervescência do mundo digital? Nem sempre são a mesma coisa.
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