Zelensky diz que Rússia e Coreia do Norte sofreram baixas pesadas em Kursk


O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse neste sábado (4) que as forças de Rússia e Coreia do Norte sofreram baixas pesadas em combates na região de Kursk, no sul da Rússia.

Avaliações ucranianas e ocidentais indicam que cerca de 11 mil soldados norte-coreanos estão posicionados na região de Kursk, onde as forças da Ucrânia ocupam partes do território.

Em seu discurso noturno, Zelensky citou um relatório do comandante ucraniano Oleksandr Syrskyi pontuando que batalhas ocorreram perto da vila de Makhnovka, não muito longe da fronteira com a Ucrânia.

“Nas batalhas de ontem e hoje perto de apenas uma vila, Makhnovka, na região de Kursk, o Exército russo perdeu até um batalhão de soldados de infantaria norte-coreanos e paraquedistas russos”, comentou Zelensky.

O presidente não forneceu detalhes. Um batalhão pode variar em tamanho, mas geralmente é composto por várias centenas de soldados.

A Reuters não conseguiu verificar de forma independente o relato do presidente.

Zelensky relatou também na semana passada pesadas baixas norte-coreanas na região de Kursk, ressaltando que suas forças não estavam sendo protegidas pelos russos.

Ele destacou que os norte-coreanos estavam tomando medidas extremas para evitar serem feitos prisioneiros e, em alguns casos, estavam sendo executados por suas próprias forças.

“Batalhas ferozes” entre Rússia e Ucrânia

Em seus últimos comentários, Zelensky também afirmou que “batalhas ferozes” ocorreram ao longo de toda a linha de frente de 1.000 km, com a situação mais difícil perto da cidade de Pokrovsk.

As forças russas, segundo o chefe de Estado, “continuam gastando um grande número de seu próprio pessoal em ataques”.

Um porta-voz militar ucraniano observou anteriormente que Pokrovsk continua sendo o setor de linha de frente “mais quente”, com tropas russas lançando novos ataques perto da cidade em um esforço para contorná-la pelo sul e cortar as rotas de suprimento para as tropas da Ucrânia.

A cidade, que possui uma mina que é a única fornecedora de carvão de coque para a indústria siderúrgica da Ucrânia, tinha uma população pré-guerra de cerca de 60 ml pessoas. O governo estima que cerca de 11 mil delas permaneçam na cidade.

Entenda a guerra entre Rússia e Ucrânia

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.

Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.

Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.

As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.

O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.

A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.

O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto. 



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