As ararinhas-azuis Orlando e Rogério receberam um novo lar nesta terça-feira (12). O zoológico de São Paulo inaugurou uma nova exposição para conscientizar a população sobre a espécie extinta na natureza há 24 anos no Brasil – existem apenas em cativeiro.
A dupla fazia parte de um centro de conservação para preservação e reprodução de aves que estão ameaçadas de extinção de acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
O espaço cuida de 25 das 85 aves da ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) no Brasil, endêmica da Caatinga. Em todo o mundo, há apenas 330 ararinhas-azuis.
O novo habitat possui cerca de 200 metros quadrados e foi inspirado na Caatinga Baiana, região onde o último ninho natural foi avistado em uma Caraibeira, espécie de ipê, no riacho da Melancia, em Curaçá (BA).
Kiko Buerguer, CEO do Zoológico, explica que “a união de esforços é o único meio de alertarmos e mitigarmos os impactos tanto das mudanças climáticas, quanto das ações humanas que contribuem para o desaparecimento de espécies nativas no país”.
Único da América Latina com três espécies
Com a exposição, o Zoo São Paulo passa a ser o único da América Latina onde o visitante pode conhecer as três espécies existentes de araras azuis durante a visitação: ararinha-azul, arara-azul-de-Lear e a arara-azul-grande.
A arara-azul, também conhecida como arara-azul-pequena, está listada como uma espécie criticamente ameaçada de extinção no Brasil.
A bióloga do zoológico e chefe da área de aves, Fernanda Vaz, explicou que a missão do zoológico é aumentar essa população de aves e designar indivíduos para serem devolvidos à natureza.