A campanha da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, aceitou em uma carta enviada à ABC News os termos do debate contra o ex-presidente Donald Trump na próxima semana, incluindo o fato de que os microfones dos candidatos serão silenciados quando não for a vez deles de falar, de acordo com uma pessoa familiarizada com as negociações do debate.
A questão sobre microfones se tornou um ponto de discórdia enquanto a ABC News se prepara para o debate que está programado para acontecer no dia 10 de setembro na Filadélfia, com os moderadores David Muir e Linsey Davis.
A campanha de Kamala novamente expôs suas objeções à condição dos microfones, em carta à rede, insistindo que eles acreditam que a vice-presidente será “fundamentalmente prejudicada por este formato”.
A ABC News ofereceu garantias à campanha de Kamala de que se houver conversa cruzada significativa entre a vice-presidente e Trump, a rede pode escolher ligar os microfones para que o público possa entender o que está acontecendo.
O moderador desencorajaria qualquer candidato de interromper constantemente e também trabalharia para explicar aos espectadores o que está sendo dito, de acordo com a fonte familiar. Além disso, haverá repórteres na sala que também podem ouvir e relatar o que ambos os lados estão dizendo, acrescentou a fonte.
“A vice-presidente Harris, uma ex-promotora, será fundamentalmente prejudicada por esse formato, que servirá para proteger Donald Trump de trocas diretas com a vice-presidente. Suspeitamos que essa seja a principal razão para a insistência de sua campanha em microfones silenciados”, disse a carta da campanha de Kamala para a ABC News, compartilhada em parte com a CNN.
A campanha continuou na carta: “Apesar de nossas preocupações, entendemos que Donald Trump corre o risco de pular o debate completamente, como ele ameaçou fazer anteriormente, se não aderirmos ao seu formato preferido. Não queremos prejudicar o debate. Por esse motivo, aceitamos o conjunto completo de regras propostas pela ABC, incluindo microfones silenciados.”
A CNN está entrou em contato com a ABC News para comentar.
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