Autor alegou que tapas no rosto motivaram 6º feminicídio em MS


Jeferson Nunes Ramos, autor do 6º feminicídio em Mato Grosso do Sul, 2º da capital, alegou que matou a companheira Gisele Cristina Oliskowiski, de 40 anos, após receber três tapas no rosto durante discussão. O crime aconteceu na noite desse sábado (1), no bairro Aero Rancho, em Campo Grande.

Feminicídio ocorreu na noite deste sábado, em Campo Grande (Foto: Ingrid Rocha)

Conforme boletim de ocorrência, a PM (Polícia Militar) foi acionada por testemunhas que presenciaram o ataque. Quando os agentes chegaram ao local, encontraram Jeferson amarrado para evitar que fugisse. 

No quintal da residência estava o corpo da vítima, dentro de um poço, parcialmente carbonizado. Imediatamente o local foi isolado até a chegada da Polícia Civil e Perícia.

Os sobrinhos do autor relataram que o tio estava discutindo com a namorada, quando ela desferiu os tapas. Nesse momento, o homem pegou uma pedra e acertou a cabeça de Gisele, que caiu ao chão. 

Em seguida, ele arrastou o corpo dela o poço, onde ateou fogo. O Corpo de Bombeiros foi acionado para auxiliar na retirada da vítima do local. Jeferson apresentou resistência no momento da prisão, mas acabou levado à Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher), onde o caso foi registrado como feminicídio. 

A audiência de custódia está prevista para acontecer na manhã desta segunda-feira (3). 

Feminicídio em MS

Mato Grosso do Sul já registrou, somente em 2025, seis crimes de feminicídios, todos ocorridos em fevereiro e março.  No primeiro caso do ano, registrado no dia 1º de fevereiro, Karina Corin foi baleada na cabeça pelo ex-marido, Renan Dantas, que também atirou e matou a amiga dela, Aline Rodrigues. Em seguida, o autor tirou a própria vida. 

Já no dia 12, a jornalista Vanessa Ricarte entrou para estatística ao receber três golpes de faca, no tórax, pelo ex-noivo, Caio Nascimento, em Campo Grande. 

Na noite de terça-feira (18), Juliana Domingues foi atingida por golpes de foice do marido, Wilson Garcia, que acabou preso. O caso aconteceu na Aldeia Nhu Porã, em Dourados. 

No sábado (22), Mirieli Santos foi alvejada por um tiro no abdômen, efetuado pelo ex-marido Fausto Júnior Aparecido Oliveira, de 31 anos. O caso aconteceu em Água Clara.

Dois dias depois, na manhã desta segunda-feira (24), Emiliana Mendes foi enforcada até a morte pelo namorado, Vanderson dos Santos, que tentou fugir após o crime, mas acabou capturado e preso. 

Em todos os casos os autores acabaram presos, com exceção de Renan Dantas, que morreu no dia do ocorrido. 

  1. Cidades pacatas de MS não registravam feminicídios há quase 10 anos

  2. Caso Vanessa Ricarte: polícia faz reprodução simulada de feminicídio

  3. Suspeito do 4° feminicídio de MS é preso em Água Clara



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