O ex-coordenador da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Campo Grande, Paulo Henrique Muleta, voltou a ser preso nesta segunda-feira (10) na Operação Occulto, deflagrada pelo MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul).
Ele é suspeito de desviar R$ 8 milhões, que seriam destinados à pacientes da instituição.
Ao todo foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão em Campo Grande e Camapuã.
A operação investiga o ex-coordenador e terceiros que, desde 2021. Eles utilizaram empresas de fachada para simular vendas de produtos à rede pública de saúde.
Os envolvidos teriam desviado R$ 8.066.745,25, dinheiro destinado ao atendimento de pacientes ostomizados.

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As investigações ainda revelaram práticas de lavagem de dinheiro e obstrução da justiça, com um dos investigados dificultando a ação penal ao afastar cerca de R$ 500 mil de seu alcance, burlando uma ordem judicial.

O nome “Occulto” refere-se às ações de ocultação do dinheiro desviado e ao pedido de cidadania italiana do ex-coordenador, que busca deixar o país.
A ação, coordenada pela 29ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público contou com o apoio do GECOC e do GAECO.
A reportagem entrou em contato com a Apae de Campo Grande, que informou ter acionado seu setor jurídico. Assim que obtiverem um retorno, a instituição nos forneceria um posicionamento.
O Primeira Página segue tentando contato com a defesa de Paulo Henrique Muleta.