A participação do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), na manifestação pró-anistia realizada na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (9), gerou polêmica nas redes sociais.
Um vídeo que circula no X (antigo Twitter) mostra o governador fazendo um gesto com a mão que foi interpretado por alguns usuários como uma saudação nazista. (Veja o vídeo no final da matéria).
O gesto nazista é um símbolo do regime nazista e da ideologia de Adolf Hitler. Ele consiste em estender o braço direito para a frente, com a palma da mão voltada para baixo. O gesto era frequentemente acompanhado pelas palavras “Heil Hitler” (“Salve Hitler”) ou “Sieg Heil” (“Salve a vitória”).
A reportagem entrou em contato com a assessoria do governador, mas até a publicação da reportagem não obteve retorno.
A manifestação, organizada pelo pastor Silas Malafaia e com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros seis governadores, tinha como objetivo pressionar o Congresso Nacional pela aprovação de um projeto de lei de anistia para os condenados e investigados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023.

O vídeo do gesto de Mauro Mendes rapidamente viralizou, gerando indignação e críticas por parte de alguns usuários. “Que *m é essa? Na manifestação a favor de bandidos que rolou na Avenida Paulista, o governador bolsonarista do Mato Grosso, Mauro Mendes, resolveu fazer O GESTO DO ELON MUSK diante de um público que ele sabe que é de extrema direita! Já chega, anistia é o caralho, queremos é PRISÃO PREVENTIVA!“, escreveu um usuário no X.
Outro comentou: “Ferrou! No ato do Bolsonaro, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, fez a mãozinha para cima, num gesto que pode lembrar aquele do ditador alemão, aquele do Musk. Já tá viralizando nas redes e começou a discussão. O que acharam?”.
Além de Mauro Mendes, participaram do ato os governadores Romeu Zema (MG), Jorginho Mello (SC), Tarcísio de Freitas (SP), Ronaldo Caiado (GO), Wilson Lima (AM) e Ratinho Júnior (PR).

O ex-presidente Bolsonaro também levou lideranças religiosas, como o Pai de Santo Sérgio Pina, o padre Sandro Salvista e o rabino Sany Sonnenreich.
A manifestação na Avenida Paulista foi marcada por críticas ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes, especialmente em relação às punições impostas aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

Faixas e banners ironizaram a condenação de Débora Rodrigues Santos, que ficou conhecida por pichar a estátua da Justiça com batom.